As Cores da Música

Sinestesia é uma condição neurológica inofensiva na qual o cérebro interpreta um estimulo sensorial pela via de outro sentido, ou seja, as pessoas que a possuem podem ver sons, escutar gostos ou sentir palavras.

O distúrbio afeta uma a cada 2 mil pessoas e, algumas delas, tentaram nos mostrar como associam cores e sons.

Melissa McCracken descreve a disfunção como sendo maravilhosa, principalmente quando vê a música que escuta “Ela flutua em uma mistura de tons, texturas e movimentos, mudando como se fossem elemento vital e intencional de cada canção”.

A artista capturam a vivacidade, energia e a melodia de suas composições favoritas transformando-as em maravilhosas telas vibrantes e intensas.

Radiohead – Lucky

John Mayer – Gravity

John Lenon – Imagine

David Bowie – Life On Mars?

Smashing Pumpkins – Tonight, Tonight

Já Pasquale D’Silva consegue associar não só sons, mas quase tudo a cores: nomes, animais e até objetos.

O designer de 25 anos é responsável por dois apps de que tem como objetivo deixar o mundo da música mais fácil para principiantes. O primeiro, Keezy, nasceu de uma brincadeira com os amigos onde gravavam pequenas amostras de sons e faziam batidas. O segundo é o Drummer, que tem a premissa de ser uma completa e simples bateria. Na versão final dos dois aplicativos, D’Silva misturou um pouco da sua forma de ver o mundo, integrando cores a associação dos sons.

No vídeo a seguir ele reproduz sua visão do mundo (que provavelmente vai ser o mais próximo que chegaremos de “ver” sons sem o uso de alucinógenos).

E por último, mas definitivamente não menos importante, um dos maiores pintores da história: Wassily Kandinsky.

Reconhecido por ter feito os primeiros quadros verdadeiramente abstratos, acredita-se (até por que o diagnóstico não existia no início de século XX) que o artista também vivia com a condição. Ele queria representar o som pelas tintas e assim criar o equivalente em tela às sinfonias, estimulando não só os olhos, mas também os ouvidos.

Transverse Line