Quando olhamos para ao passado nos deparamos com personagens que hoje são espelhos para o sucesso do amanhã. Na arte do cinema isso não é diferente. Atores, roteiristas, diretores, editores são fundamentais para a criação de uma peça cinematográfica, e quando, nelas, o genial é transparecido, nosso olhar para a mente destes deve ser voltado ao aprendizado e atenção. E em um dos episódios da história do audiovisual, o protagonismo de Alejandro Jodorowsky veio a brilhar.
Alejandro é um cineasta, escritor, poeta, ator e psicólogo que se destacou em várias áreas desse universo. Jodorowsky, hoje com 91 anos, tem uma experiência de quase 70 anos no cenário cinematográfico, carregando em sua bagagem parcerias com importantes nomes da arte mundial como o cineasta Orson Wells e o artista Salvador Dali, e fãs assumidos como, o eterno integrante dos “The Beatles”, John Lennon. Seu sucesso se resume tanto em cinema, peças teatrais, livros e até historias em quadrinhos!
Mesmo com todas as experiências do cineasta, Alejandro nunca tinha vivido em meio a esse caos pandêmico que esta afetando todos os hemisférios do globo. E, para ele, esse evento não passará em branco, e será determinante para o futuro da arte. Ele cita em um depoimento que as pessoas poucos estarão demandando super-heróis ou ficções supra-realistas com muito conteúdo de violência. Para ele, o que nós precisamos agora, é que a arte retrate e demonstre às sociedades as alegrias da vida. Que é preciso que descobrir o lado bom do ser humano e a beleza que é estar vivo. E nada mais influenciador de pensamento do que a arte para ocupar esse papel.
Após tanto tempo trancafiados em casa, fugindo do invisível, distantes do amor de nossos amigos, do abraço reconfortante, ligando a TV e vendo multidões de vidas irem embora sem mais nem menos, muito do psicológico humano se perde em meio a tanto caos. Um dos nossos refúgios de tudo isso é arte. É a nossa conexão com nós mesmo e o outro.
O cinema precisará tomar a frente e se adaptar as novas necessidades da sociedade a fim das pessoas conseguirem retomar a esperança e enxergarem a beleza de se viver cada dia na comunidade, reforçando o valor no outro e em si próprio. Ele, como arte, precisará renovar nosso amor ao outro e a vida, reforçar valores como o perdão e humildade para respirarmos o ar puro, encher o pulmão, mas não se sentir pesado, como nesses tempos distópicos.
Aos 91 anos, Alejandro Jodorowsky não desistiu de ter um sonho. Sua fé na humanidade e na saúde das pessoas contagia. O cinema pode não ser a tão esperada vacina para o Covid-19, mas poderá ser remédio para um sistema humanitário doente.
