Esse texto é uma continuação de outro que escrevi sobre a trajetória de Brendan Fraser em Hollywood até chegar ao filme A Baleia, e já lhe adianto que é extremamente pessoal, portanto, espero que entenda que é baseado na minha única e humilde opinião. Pois bem, pode me julgar, estou pouco me lixando, mas no dia 2 de março de 2023 eu finalmente tive uma experiência no cinema tão boa quanto eu tive quando fui assistir Vingadores: Ultimato em 2019. 

Agora, após a premiação do Oscar, é nítido que o filme por inteiro foi esnobado, mas ao mesmo tempo ele não foi (vou explicar isso mais pra frente). Esse filme falou comigo em um momento que eu mais estava precisando na vida, na alma, no corpo e na mente. Esquecendo sobre visão estética, que também dá um baile, e destacando a parte temática, The Whale não fala apenas sobre o problema da obesidade ou até depressão, mas sobre como devemos nos ver perante o que a sociedade quer que nós sejamos. 

O que mais me fez enxergar um destaque desse filme é que se não fosse pela sala de cinema, eu não estaria falando desse filme, ou seja, se eu tivesse visto em casa, ia ser apenas mais um filme. Na sala de cinema é possível se sentir no fundo do mar, já que a maior parte de filme está chovendo e a trilha musical te induz a se sentir encalhado junto de Charlie. Sobre o mais novo ganhador de Oscar de melhor ator, Brendan Fraser é o filme e dá pra sentir todo o seu sofrimento transcrito em sua atuação na tela. Uma lenda que merece tudo e muito mais. 

Agora, quando eu digo que foi a melhor experiência que eu tive em muito tempo é porque ao decorrer da obra parecia que o Charlie estava literalmente falando comigo, e o pós filme foi ainda mais denso, quando eu fiquei o dia seguinte inteiro falando sobre ele. Tento ao máximo não falar de mim mesmo, já que isso aos poucos nos transforma em parte de uma sociedade egocêntrica, mas sei que sou alguém antes e depois de assistir esse filme. Não um Renato melhor, mas, sim, um Renato que reconhece seu valor no mundo e pode ninguém dizer o contrário, ou seja, alguém que se valoriza, e mais: aprendi que a vida é como um prato de comida que não se deve devorar, mas ser apreciada. Viva cada momento. Espero que esse filme também toque o coração das pessoas, assim como tocou no meu.