Anúncio em TV pra quê? Vamos fazer uma ação no meio da rua e botar o vídeo no Youtube… Gasta menos e é bem mais cool!

Mas sinto informar, só que a coisa não é tão fácil assim não. Esse negócio de viral está na moda, né? Está chovendo cliente querendo fazer umas ações alternativas por aí, que, no final das contas, de viral não têm nada.

Primeiramente vamos aos conceitos. Vírus é uma coisa que se propaga sem que, necessariamente, tenhamos que fazer algum tipo de esforço para que isto ocorra, certo? Então, teoricamente, uma ação viral deveria ser aquela que se espalha “naturalmente” entre os consumidores.

Ok, não sejamos extremistas. Hoje em dia, as ações virais precisam de um empurrãozinho. Leia de novo: empurrãozinho. Não é aquela forçada de barra que muitas empresas tentam dar.

Pra ser um viral de verdade, é preciso que as pessoas realmente curtam a campanha e comentem dela sem perceber que estão falando de publicidade e que estão, na verdade, promovendo uma marca.

Era assim com as primeiras ações virais. Em 2000, quando ainda não se falava muito sobre o assunto, a campanha Wassup, da Budweiser, exibida nos EUA, espalhou-se pelo mundo e virou mania entre os consumidores que faziam seus vídeos e enviavam à empresa.

O que acontece agora é que muitas empresas querem disfarçar ações de comunicação e torná-las virais, da maneira mais tosca (vide campanha do Bis, já postada aqui pelo Luiz a um tempo atrás), e acabam enfatizando o seu lado comercial, no maior estilo UniBANCO nem parece BANCO.

É claro que não dá pra contar só com a sorte. Dá pra fazer ações bem legais sem cara de propaganda. O essencial é contar com o bom senso e experiência de publicitários que realmente entendam o meio on line e não sair por aí achando que algum tipo de disfarce vai ser perfeito.

Marcela Alvarez, 21 de outubro às 14:25h.