A leitura é capaz de levar até mesmo o mais cético a acreditar em um poder superior, pelo menos por algumas horas. De transformar a volta do trabalho em uma viagem inédita, por locais nunca antes vistos ou imaginados.
E até de transformar o leitor em alguém que ele nunca tinha pensado em ser, mesmo em suas fantasias mais improváveis.
Agora imagine se você pudesse ter apenas 5% de acesso aos vilões de Agatha Christie, aos mundos criados por J.K. Rowling e J. R. R. Tolkien e também ao sobrenatural de Stephen King. Essa é a realidade dos deficientes visuais no Brasil.
Com o objetivo de mostrar a falta de variedade de livros para este público, a Fundação Dorina Nowill Para Cegos e a DM9 Sul criaram uma bela e exclusiva ideia, intitulada The Blind Book. Confira o case:
Sem dúvida, a ação é uma bela e sutil maneira de abrir os olhos da população a um problema pouco discutido no país.
Com a participação de autores renomados e com grande apelo comercial, a criação certamente ressalta o fator da dependência dos deficientes visuais a um recurso tão pouco explorado pelas editoras, além de instigar a outra parcela da população, que só pode ouvir as histórias através daqueles que geralmente nem têm acesso a elas.