#Tá rolando por Ian Perlungieri

Músicas irritantes são as mais fáceis de permanecerem na mente. Infelizmente.
Frases como “preço menor ninguém faz” ou “dedicação total a você” já são lidas musicalmente tornando os já ruins comerciais dessas lojas, piores.
Mas há pessoas que gostam. A arte musical está cada vez mais frequente no cotidiano. O funk daquele idiota do ônibus que não sabe o que significa fones de ouvido, a romântica que sua namorada acha bonita enquanto você dorme na metade da música, o reggae que você ouve quando passa naquele beco onde mora aquele amigo estranho que, diariamente, está com os olhos vermelhos. Esta arte está em constante expansão, porém, ao mesmo tempo, regride com a grande quantidade de músicas ruins que ganham cada vez mais apoio da população. E os jingles dos políticos de 2012 são o ápice da regressão:

Há, inclusive, estúdios de gravação responsáveis por esses jingles. Sim, isso fez com que minha fé na humanidade diminuísse mais um pouco.
Entretanto, não sei se o sentimento por esses jingles políticos é o ódio. São músicas ruins? Sim, mas é melhor isso do que discursar promessas utópicas para depois não cumprí-las. Com música, o não cumprimento das promessas torna-se, de certa forma, agradável.
Pois é, a monotonia do horário eleitoral gratuito tornou-se um excitante show de talentos. Um show que, assim como os jingles de Casas Bahia ou Marabraz, foi martelado repetidamente na cabeça das pessoas até tornar-se algo normal, trivial, mecânico. A melhor música, o mais engraçado ou o mais criativo ganha. Simples. Em momentos como esse em que o senso crítico desaparece, as promessas feitas não são devidamente avaliadas e o ódio transforma-se em vergonha.

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Meu nome não é Alex DeLarge, nem Tyler Durden, nem Mort Rainey. Nunca me chamaram de John Keating. Não sou Ed Bloom, nem Joel Barish. Scott Pilgrim, Carl Allen, Bruce Wayne, Rainer Wenger. Nenhum destes é meu nome. Sou apenas uma peça de um tabuleiro.