Dia 6 de Novembro, em uma sala da ESPM, se reuniram em torno de 50 pessoas que dividiam o mesmo interesse. Os palestrantes, tão casuais quanto sua audiência, sentaram-se em suas cadeiras para discutir aquela paixão em comum:
Games.
E foi assim que os alunos da ESPM passaram duas horas de ontem, discutindo não só video games, não só jogos – mas também o papel que essa forma de comunicação tem no cenário atual. Mediados pelos professores Vince Vader (que também é colunista do Newronio!) e Mauro Berimbau os convidados discutiram suas carreiras, e o que vem pela frente com a oitava geração de consoles.
João Manuel Barros, game designer que trabalhou na TecToy, contou como funcionava a indústria de games brasileira agora quase inexistente, na época do Master System. Jogos encabeçados por personagens brasileiros como a Mônica e traduções de jogos da Sega eram hits há umas duas décadas atrás. O clássico Duke Nukem também foi desenvolvido para Master System pela empresa, sob permissão da Capcom. João comentou também dos esforços que estão sendo feitos hoje em dia para traduzir e legendar jogos para o português – coisa que praticamente não existe nos grandes títulos da atualidade (o que todos já sabem, porque todos nós jogamos com legenda. Admita.). Na época do Master System era difícil cultivar essa economia no Brasil, considerando que existiam SNES piratas a torto e à direito.
Falando de economia e games, obviamente foi mencionado “O Preço Do Playstation 4 No Brasil”. Um assunto tão extensamente discutido que daqui a pouco estão fazendo protesto na Avenida Paulista. Pedro Caramuru, gerente da divisão de jogos Sony/Playstation, explicou de um modo muito simpático que a economia brasileira hoje (que não considera games como produtos culturais, como livros, por exemplo – isentos de taxa) coloca taxas absurdas em produtos importados dessa categoria, e que o preço é justo em vista desses fatores. Ao seu lado, o ex-concorrente e ex-gerente da divisão de jogos da Microsoft, Guilherme Camargo, concordava com a cabeça. O Xbox One também teria esse preço se não fosse produzido no Brasil, ele disse.
A palestra, que era mais uma conversa que você esperaria encontra no meio do Comic Con, deu várias voltas: como os games hoje são uma ferramenta essencial na comunicação das marcas, tendências de jogos da próxima geração, as empresas finalmente percebendo que as mulheres também são uma parte essencial do mercado consumidor de games.
E, no final de tudo, todos presentes receberam um cartãozinho com 30 dias de graça do Playstation Plus (estilo Xbox Live, pros que jogam pro time da Microsoft), e foram sorteados três jogos, incluindo Beyond.
Então todos voltaram pra casa para jogar seus respectivos consoles, board games, Candy Crush, o que for. Go, gamers!
Você precisa fazer login para comentar.