É incrível como a arte é capaz de se moldar a diversas situações e se adaptar as suas mais diversas vertentes. Criar é transformar um sentimento em algo paupável, visual e que transmita aquilo pelo qual se sustenta, sua essência.Tornando justamente a essência como base de suas criações, que o fotógrafo Lee Jeffries durante uma maratona em Londres, mudou sua concepção de mundo e a materializou em seus cliques.

Emocionado com a história de vida de uma moradora de rua que lhe abordou, Lee conseguiu sentir o quanto essas situações mudaram a vida dessa mulher, formando sua personalidade e visão de mundo.

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Desde então, o fotógrafo viaja em todas as férias com o intuito de capturar as mais puras emoções de pessoas que frequentemente são ignoradas nas ruas de diversos países. Mas Lee não pede apenas poses e algo que seja conceitualmente fashion, ele senta ao lado do morador de rua, conversa sobre a sua história de vida e assim que os dois se sintam confortáveis, a emoção mais real e profunda é despejada para as lentes da câmera.

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Os retratos de Jeffries vão além da desigualdade social inerente apenas ao olhar dentro dos olhos dessas pessoas. Eles registram a essência do ser humano, sua fé, amor, força, coragem e espiritualidade, conectando todo o tipo de gente em uma única proposta. Ele afirma também que “Todo mundo quer ser fotógrafo. Abra seu coração e pode ser que você realize seu desejo”.

Em uma outra matéria, vimos que vários mendigos receberam câmeras descartáveis de um projeto em Londres que tinha intuito de mostrar a sua visão do mundo e de como a arte está onde você menos espera.

Sendo frequentemente usado como forma de estudo de uma concepção de vida distante de muitos, os moradores (as) de rua são grandes aliados da fotografia de forma a tornar a mesma uma questão reflexiva que move as rédeas do preconceito. Nada como usar a arte como arma contra a guerra de estereótipos que nos cega de tal forma, que não imaginamos como a essência das ruas podem nos trazer esse grande conteúdo emotivo.

Um velho em corpo de menino que usa as palavras como escada dos seus sonhos.