No dia 24/03/2020 foi declarado oficialmente pelo Estado de São Paulo a quarentena por conta do novo coronavírus. Quem seria melhor para falar da falta que eventos grandes fazem se não nós, alunos da ESPM?

Um dado divulgado pelo ministério da economia mostra que o setor foi o mais afetado diante das restrições de distanciamento social, como era de se imaginar.

Diante disso, o setor precisou se reinventar, e logo nas primeiras semanas da pandemia, lives de shows de música, teatro ou palestras começaram a aparecer principalmente no YouTube e , assim, recordes de audiência começaram a ser batidos. O Brasil assumiu destaque nessa categoria de eventos, pois quatro entre as cinco lives mais assistidas globalmente eram de artistas brasileiros.

Todavia, como vivemos em um mundo no qual podemos enumerar diversas tendências rápidas e passageiras, as lives não ficaram de fora da lista, e, após certo tempo, esse tipo de conteúdo parou de aparecer em nosso radar. O motivo mais provável para o sumiço das lives pode ter sido o número de pessoas respeitando o isolamento ter despencado: as pessoas simplesmente se cansaram de ficar em suas casas. Por mais que a produção dos ao vivos seja ótima, a experiência dentro da sua casa não tem, e jamais terá, a atmosfera de apresentações em espaços físicos.

Por conta disso, algumas empresas passaram a tentar montar eventos de forma presencial, respeitando (ou não) todos os protocolos de segurança contra o covid-19, obtendo dos resultados mais simples, até os mais criativos. Um dos formatos que mais se popularizaram foi o de drive-in, no qual teve apresentações de filmes e shows que aconteceram dentro de estacionamentos e até estádios de futebol.

Outra forma que se popularizou, principalmente no exterior, foram os shows em ilhas privativas em lugares abertos e espaçados, nas quais cada ilha poderia abrigar certa quantidade de pessoas. Um dos exemplos deste formato ocorreu no festival de música de Newcastle,  na arena Virgin Money Unity, onde foram colocadas 500 grades com capacidade de 4 pessoas cada uma, com espaçamento de 2 metros entre elas. O show teve participação de Sam Fender, Libertines, Supergrass, Two Door, Cinema Club entre outros.

Show de Sam Fender em Newcastle, na Inglagerra, com público em 'cercas' — Foto: Divulgação / Virgin Arena / David Wala

E a forma mais criativa já feita até aqui: o show dentro de bolhas! Em dezembro de 2020, em Oklahoma, a banda “The Flaming Lips” decidiu realizar um evento no qual todos estavam dentro de bolhas infláveis. Cada bolha podia comportar até 3 pessoas e no espaço haviam 100 bolhas, ou seja, 300 pessoas puderam ver “juntas”.

Vale lembrar aqui que a pandemia ainda NÃO acabou. Longe disso, estamos cruzando seu pior momento até agora, por isso, não vá a festas, mesmo que esteja cumprindo todas as medidas de segurança. Fique em casa!