Amy Hill é uma artista americana que trabalha com retratos de pessoas, mas em uma estética peculiar: adiciona elementos que destoam daquilo que seria considerado comum. Uma menina com seu cachorro em um jardim é uma figura bastante retratada ao longo de várias épocas e estilos da arte, porém se a menina estiver fumando e com tatuagens, já estamos observando outra obra.

O estilo peculiar de Amy nos remete ao passado, porém os elementos diferentes trazem os personagens para uma estética mais atual, mesmo que ainda estranho aos nossos olhos.

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O olhar, a forma como eles estão colocados na paisagem, e até mesmo o corte de cabelo muito se assemelham à retratos do Renascimento. Nessa época a preocupação em criar imagens perfeitas de pessoas importantes da realeza eram a forma de criar a arte e representar a realidade em que eles estavam inseridos. Porém, nas obras de Amy, essa mesma preocupação, mas é como se estivéssemos observando pessoas daquela época trazidas para os dias atuais.

Ritratto_di_maddalena_strozziRetrato de Madalena Doni, Rafael, 1506

La_nascita_di_Venere_(Botticelli)O nascimento de Vênus, Botticelli, 1486

As obras de arte dessa pintora americana podem retratar personagens diferentes, porém seu estilo e tema parecem bastante comuns e recorrentes aos nossos olhos. Mas, por que? A arte sempre teve essa necessidade de representar nossa realidade e coisas que fazem parte da nossa vida, desde pontes, animais, comidas e paisagens. A função da arte está em materializar a essência da vida humana, logo o estilo e as imagens usadas por Amy fazem parte do nosso universo.

Por conta disso, a pintora nos mostra, de uma maneira peculiar, que a vida é cíclica e certos elementos dela não se alteram de geração para geração.

 

Com o pé na estrada e a cabeça na lua.