Em anos recentes, é impossível não notar o reaparecimento de conteúdos populares nos anos 1980 e 1990, usando a lembrança de como era viver nessas épocas e de músicas e vestuários como meio para contar sua história. O maior exemplo desse uso da nostalgia é a série Stranger Things, da Netflix.

Na série, o constante uso e referências de objetos, modas e costumes constroem a base da série e ajudam a contar a história, e a cada nova temporada são inseridos outros aspectos que ajudam ainda mais a montar o universo próprio do programa.

Outro aspecto que fortalece esse sentimento nostálgico são os constantes remakes e continuações de filmes populares nessas épocas, como Caça-Fantasmas, Robocop, Jurassic Park, entre outros. Até a TV brasileira já foi vítima desse pêndulo nostálgico, com a exibição da novela Verão 90, em 2019.

Mas não são apenas os  meios de comunicação visuais que são abalados pela cultura da nostalgia, o cenário musical também esta vivendo uma volta ao passado, com o ressurgimento de gêneros considerados mortos, como é o exemplo do álbum Future Nostalgia, de Dua Lipa, onde a cantora pega os conceitos base do disco, popularizado nos anos 70, e os atualiza adicionando alguns aspectos presentes no pop junto com suas músicas.

Outro exemplo no cenário musical seria o Lo-Fi, gênero que usa técnicas de gravação de baixa qualidade para a construção das músicas e que nasceu no final da década de 80 e foi repopularizada recentemente.

O que é possível ver hoje em dia é que existe agora um ressurgimento maior de conteúdos dos anos 90 do que dos anos 80 e futuramente haverá a entrada dos anos 2000 nessa cultura nostálgica.

O saudosismo e a nostalgia sempre estarão presentes em nossa cultura, pois eles são considerados para alguns como um espaço de conforto, trazendo segurança e esperança no meio da loucura que é a vida contemporânea.

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