Medo: uma das emoções primárias do ser humano, junto com Raiva, Tristeza, Alegria e Afeto. Um mecanismo evolutivo que permitiu ao ser humano aprender sobre as ameaças físicas e, hoje, psicológicas do meio em que vive de forma a não repetir comportamentos perigosos.

Seja qual for o medo, há cientistas que propuseram uma origem evolutiva para eles.

Ratos e insetos? Vetores de doenças durante os períodos Paleolítico e Neolítico (o surgimento da humanidade como a conhecemos).

Cobras? Intrínseco a todos os símios, pelo ancestral comum e óbvio perigo iminente.

Altura? De tempos ainda mais antigos, quando os ancestrais comuns a quase todos os mamíferos eram pequenos e viviam em árvores, com todo tipo de predadores no solo (além da própria queda, claro).

Medos são uma parte fundamental em nossa vida, e foi essa constatação que motivou a animadora e ilustradora Nata Metlukh a criar essa divertida animação, fears.

Alguns medos são nossos amigos, nos impedindo de fazer besteiras. Já outros, as chamadas fobias, são comportamentos que afetam as relações sociais da pessoa e desencadeiam consequências psicológicas desagradáveis.

Seja o medo de sair de casa, de multidões ou até coisas menos comuns como medo de sentar ou medo de queijo (sim, existem casos reportados!).

Há momentos em que o medo causa angústia e inquietação desnecessários, principalmente antes de momentos importantes, como apresentações profissionais e outras provações. É o que chamamos de ansiedade, o medo pelo que está por vir.

É o medo que atrapalha nossos saltos no escuro, que não nos deixa arriscar e sair da zona de conforto. Esse é o medo que nos deixa no lugar.

Contra ele, o universo literário de Duna, grande clássico de ficção científica, tem uma pequena litania, que serve perfeitamente para ser decorado e declamado para si mesmo em momentos de necessidade:

Eu não temerei.
O medo é o assassino da mente.
O medo é a pequena morte que traz a total obliteração.
Eu enfrentarei meu medo, permitirei que ele passe sobre mim e através de mim.
E quando houver passado, voltarei meu olhar interior para ver sua trilha.
Para onde o medo se foi, não haverá nada.
Só eu restarei.

Minha barba. Minha vida.