Não importa em qual lugar do mundo você esteja, Shakespeare sempre será tido como A referência no universo teatral.

Completando 400 anos de sua morte, Shakespeare ainda se mantém vivo no mundo do entretenimento. Suas peças mais conhecidas, Otelo, Hamlet, Romeu e Julieta e Macbeth ainda são as mais lidas e encenadas no teatro e no cinema.

No ano passado para o Festival de Cinema de Cannes, o diretor Justin Kurzel trouxe às telas do cinema uma das versões mais épicas do autor, Macbeth. Com a participação de Marion Cottilard e Michael Fassbender, os personagens criados no século XVII foram fieis tanto nos diálogos como na caracterização.

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Porém como essa obra de arte seria se fosse passada nos dias atuais? O britânico David Wilson decidiu revisitar uma cena das páginas de Shakespeare. Uma combinação entre real e animação compõem o 5º ato da 1ª cena da peça, quando Lady Macbeth sucumbe aos espíritos para pedir poder e forças.

O que está por trás da obra é a busca insaciável e desenfreada pelo poder, pois iremos sujar nossas mãos de sangue para conseguir aquilo que buscamos. O filme é fiel historicamente, mas o curta nos trás para uma nova forma de representar. Enquanto no filme e peça o poder está representado na figura da coroa de rei e rainha, a versão de Wilson nos mostra outros objetos, a casa luxuosa, o carro e o terreno podem ser vistos como essa representação de poder para a sociedade que vivemos hoje.

A história de Macbeth nos assusta ao ponto que nos revela o verdadeiro lado obscuro do ser humano.

Tanto no filme como no curta podemos ver como Shakespeare será eterno para a compreensão da natureza. Duas belas homenagens para os 400 anos de seu falecimento.

Com o pé na estrada e a cabeça na lua.