#Ctáinvestindo por Sabrina Silva


Esse semana uma parte do nosso grupo de estudo se infiltrou em lojas, supermercados e bancos fingindo ser consumidores da classe C. Foi uma ótima idéia, na minha opinião. É muito interessante ouvir as informações trazidas por eles, não a informação por si só, mas a visão que eles, classe mais alta, têm de um lugar um pouco mais popular. Foi legal, por exemplo, ouvir opiniões sobre lojas de varejo do tipo “não há atendentes”, ou que os supermercados são esteticamente desagradáveis, etc.

São questões interessantes. Será que o consumidor de classe C gostaria que o atendimento nesses lugares fosse melhor elaborado? Será que a estética de um supermercado atrairia mais clientes? Talvez.

De qualquer jeito, me concentrando na questão dos supermercados, alguns alunos se preocuparam em observar o comportamento dos clientes habituais desse tipo de estabelecimento. Foi aí que eu ouvi uma informação interessantíssima. O consumidor da classe C costuma economizar em produtos básicos, como arroz, feijão e farinha por exemplo, comprando os mais baratos e em produtos  que aparecem mais socialmente, por assim dizer, costumam comprar os de marcas conhecidas e mais caras.

Personificando o exemplo, o filho da Dona Rosa, em casa, usa fraldas sem marca, confeccionadas pela vizinha, mas quando ele vai para uma festa ou ao pediatra, ele tem que estar usando a fraldas Pampers. Outro: pode-se não reparar na marca de farinha que você compra, então economiza-se nisso, mas a manteiga, compra-se da mais cara, pois uma possível visita poderia reparar visualmente e sensorialmente. A questão nesses dois casos é a imagem.

A classe C busca economia? Busca. Mas não só isso. Observa-se uma ansia nessa classe social em mostrar que também tem poder de compra, que também pode ter do melhor.

E eu não duvidaria disso.

Twitter @NewronioESPM