Já imaginou como seria um álbum concebido em seis semanas durante o isolamento? Provavelmente não, mas é exatamente isso que a cantora Charli XCX fez em sua casa durante a pandemia.

How i’m feeling now apresenta versos como “Sometimes I feel OK/Some days I’m so frightened.” e nele a cantora inglesa monta seu quarto disco baseando na rotina confinada e no sentimento de solidão que a maioria das pessoas está vivendo no momento, passando muito tempo parados em seus pensamentos.

Músicas como “anthems” e “detonate” mostram, em meio a batidas de synth pop, os vários anseios que a cantora sente em relação ao futuro e suas relações. Já músicas como “forever” apresentam um lado mais otimista de Charli, que canta sobre uma promessa de sempre amar, mesmo com a distância.

Mas o processo de criação dessas músicas não foi feito em total isolamento social, pois Charli, desde a idealização do álbum, vem fazendo lives semanais apresentando as novas letras criadas e recebendo feedback de seus seguidores. E foram esses fãs que ajudaram na escolha da capa do álbum, dos singles e até na montagem dos clipes.

Além disso, ela organizou vários shows via Zoom com a participação de outros artistas, como Maisie Willians e Pabllo Vittar, e também participou de um festival de música no jogo Minecraft.

Esse trabalho com os seus seguidores não foi só uma “terapia” apenas para a cantora, no momento atual da pandemia, o sentimento de utilidade e a distração para as pessoas de gravar um vídeo ou participar de uma live é quase terapêutico. O produto final desse trabalho em cooperação também nos deixa checar uma prévia de como será o futuro das artes produzidas durante a quarentena por artistas de todo o mundo e mostrar que, mesmo com o cenário atual, ainda há muitas expectativas para o futuro.

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