O dia de hoje foi marcado pelo lançamento do vídeo clipe de “Heather”, décima faixa do álbum de estreia “Kid Krow” de Conan Gray e definitivamente a mais adorada pelos fãs.

Em “Heather”, Conan aborda com uma honestidade crua o desejo de ser amado por alguém que tem os olhos fixos em outra pessoa. Você pode dizer que Conan despreza Heather, tanto quanto quer sê-la, porque ele odeia a maneira como o garoto que está apaixonado por ela o faz sentir.  E, embora você já tenha ouvido muitas histórias de amor não correspondido contadas através de lentes heterossexuais, existem menos exemplos eficazes como este.

A coragem de Gray ao abordar assuntos (infelizmente ainda considerados) delicados em seu álbum de estreia mostra uma bravura que alguém jovem como ele nem sempre aparenta tão cedo na carreira. Sua luta para dar voz e protagonismo à comunidade LGBTQ+ através de suas canções cativou milhares ao redor do mundo, não só oferecendo melodias doces, letras sinceras e histórias autênticas mas também uma nota de esperanças aos ouvintes: “Você não está sozinho”.

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No entanto, o mais interessante sobre essa faixa de partir o coração não é a música em si, mas a forma como impactou a internet: A canção inspirou muita gente a criar, compor e se aventurar com a narrativa de Conan num momento tão inóspito e inquietante como a realidade do isolamento social.

Tornou-se muito comum acessar o Tik Tok, Twitter ou YouTube e “esbarrar” em covers de “Heather”, cantados por diversas perspectivas e arranjos líricos alternativos. Alguns optam por cantar a história sob o ponto do interesse romântico, há quem escolha interpretar a posição da própria Heather, e ainda quem decida criar uma personagem totalmente nova e inseri-la por entre os versos. Além de um ou outro que parodiam a melancolia adolescente trazendo em seus covers a visão do suéter mencionado na canção com trechos como “I wish I were Gucci” substituindo o refrão “I wish I were Heather”.

Se o sucesso do novo single de Conan Gray e todas suas diferentes versões nos revelam algo, é que a Geração Z ainda tem muito o que dizer.

Construindo minha odisseia com palavras que encontro por aí