Para esse astro de futebol americano, a vida estava prestes a mudar em 12 de junho de 94. Após ser acusado de duplo homicídio, o running back dos São Francisco 49ers passou por um longo caso na justiça e foi absolvido, mas abriu espaço para uma questão muito maior: o racismo inerente na cultura americana.
O diretor, Ezra Edelman, quis produzir um documentário sobre a vida do atleta, porém sem focar somente no seu caso polêmico e fazer um panorama sobre a época que o atleta viveu que foi junto com o auge do racismo e o crescimento dos movimentos negros pelos Estados Unidos como o Black Power.
Por possuir um papel bastante relevante no mundo dos esportes, muitos dos movimentos pediam a participação do atleta na sua causa, porém ele mesmo nunca foi muito envolvido, pois acreditava que devia ser tratado como um ser humano e não pela sua cor de pele, como ele mesmo dizia “I’m not black, I’m O.J.”
O documentário ainda usa de panorama a cidade de Los Angeles que é bastante dividida, entre o lado que todos conhecem pela fama, cinema, astros e música e o lado representado pela violência policial, racismo e pobreza.
O.J. Simpson foi um atleta com uma trajetória bastante perturbada, mas nos mostra que, no final do dia, o país que se une pelo esporte é completamente dividido em seu cotidiano.
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