Sinapse por Pedro Hutsch Balboni, 25/09/2009 às 19h30
Amanhã, 26 de setembro, será inaugurado o primeiro restaurante da rede McDonald’s do país com Ronald Gym Club na cidade de Sorocaba, pólo industrial do interior de São Paulo.
Na verdade, a Ronald Gym Club só existia até hoje na França, Portugal, México e Argentina. Trata-se de uma espécie de mini-ginásio “acoplado” ao quinto restaurante da cidade, com mini-quadra de basquete, pebolim eletrônico, bicicletas ergométricas que simulam passeios, entre outras atividades. O espaço traduz o posicionamento que vem sendo adotado pela rede em auxiliar os pais a criarem seus filhos dentro de um estilo de vida saudável (tentando vencer os estígmas de junky food).
Além disso, há uma preocupação arquitetônica em otimizar o uso da iluminação natural e será utilizada a coleta seletiva para cuidar do lixo gerado (sempre me perguntei quantas toneladas de lixo deve gerar um restaurante da rede por mês…). Funcionará 24h por dia, empregando 130 funcionários. No Brasil, a rede tem 565 restaurantes e 58 McCafés em 138 cidades, tornando-a líder nacional no segmento de alimentação fora de casa.
Essa abordagem é a mesma da loja conceito, mas aplicada a um restaurante – por que não transformar uma refeição em uma experiência de vida? Alguns restaurantes também têm feito isso, usando como diferencial as instalações e as experiências geradas para o consumidor. O próprio Habib’s, a maior rede de fast food árabe no mundo, parece estar indo na mesma direção. O Habib’s da avenida Henrique Schaumann, em São Paulo, por exemplo, tem um mini barco viking no segundo andar do restaurante.
Parece haver uma certa contradição nisso tudo, redes de fast food pregando em seu espaço e em sua comunicação valores do slow food; da mesma maneira, empresas socialmente e ecologimente responsáveis parecem ser contraditórias; qualquer tipo de responsabilidade soa contraditória quando inserida na lógica de mercado. Mas esse é o ser humano, contraditório por definição.
Twitter @phbalboni @newronioespm
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