Finalmente, depois de aproximadamente dois anos de espera, o tão esperado prequel de Game of Thrones teve sua estréia. E eu assisti aos prantos!!!! (de uma forma positiva, claro)

Diferentemente de muitos fãs, eu realmente tinha mais expectativas do que ressalvas. Em momento algum, eu achei que House of the Dragon iria decepcionar, principalemente pelo fato de já ser uma história fechada e do George R.R. Martin estar envolvido no projeto.

E esse primeiro episódio deu MUITO o que falar, pois ele foi INCRÍVEL! O elenco simplesmente entregou tudo com as atuações e as direções de arte e fotografia simplesmente trouxeram Westeros de volta à vida em uma estética totalmente diferente e impressionante. E os dragões de Porto Real que o digam!

Para um primeiro episódio, ele conseguiu resumir e explicar muito sobre a Westeros de 172 anos antes de Daenerys Targaryan. Uma Westeros muito diferente do que estamos acostumados, no auge da dinastia Targeryan e onde Dragões estão presentes (E COM SELAS!!!) em abundância. Porém, mesmo com muita prosperidade, existe uma certa tensão entre a própria família Targeryan, levando em conta o Conselho de 101 e a injustiça que foi cometida com Rhaenys.

Rhaenys foi descartada apenas por ser mulher, mas acredito que após esse primeiro episódio, podemos ver que a história talvez não se repita. Após sacrificar sua própria mulher apenas para ter a chance de ter um filho homem, Viserys provou que Westeros realmente está em estado de desespero. Isso só fica mais reforçado com as colocações de Rhaenyra em relação a sucessão, pois a mesma diz a Alicent que não se preocupava com sua posição com o nascimento de seu irmão, e que só queria comer bolo e voar em seu dragão, e essa posição só é reforçada quando ela se questiona se Viserys foi feliz no único dia em que seu irmão viveu.

Só com essas colocações de Rhaenyra e a altividade de Rhaenys, podemos perceber que nessa série as protagonistas são as mulheres. Rhaenys nasceu para ser rainha, isso é perceptível em seu pouco tempo de tela nesse primeiro episódio. E Rhaenyra, ela já ganhou meu coração, com um espírito aventureiro e extremamente altruísta, nossa querida Princesa da Pedra do Dragão já tem meu coração. Além de tudo isso, ela é uma pessoa que se importa de mais com aqueles ao seu redor, especialmente com sua mãe, e até mesmo com Alicent Hightower. Eu curti muito a amizade entre Rhaenyra e Alicent, pois é algo totalmente exclusivo da história, porém algo que me deixou bem angustiada foi o queerbating. Tendo em vista a relação das duas nos livros, eu não acredito que esses dois ícones realmente virariam um casal na série, por mais fofas que tenham sido as interações delas. Porém, falando no quesito amizade, é possível ver que ambas tem um carinho mútuo uma pela outra. Rhaenyra sempre ajudando Alicent nos momentos em que ela estava nervosa com algo, e a Alicent sempre se mostrou preocupada com Rhaenyra. Essas duas são uns anjos, e realmente não merecem os pais que tem.

Otto, Daemon e Corlys são homens com sede de poder, e Viserys é um mero fantoche para esses três. Em um episódio Viserys provou ser trouxa e covarde, ao sacrificar sua mulher pela possibilidade de um herdeiro homem. Otto provou ser da mesma laia que Mindinho, calculista e desonrado. Manda a própria filha para visitar o rei com segundas intenções, pouquíssimo tempo após a morte da Rainha Aemma. Otto Hightower sempre tem um plano, e Daemon também. Após ser substituído como herdeiro, Daemon não perdeu tempo e partiu para Pedra do Dragão para confrontar a escolha de Viserys. E eu só quero deixar bem claro que: ele vai dar MUITO o que falar.

Além de Viserys ser um rei fraco, ele está cercado por um conselho que só o “protege”, ou melhor dizendo, só defende seus interesses próprios e individuais. Ao invés de se preocupar com as ameaças e ataques que Westeros têm sofrido, Viserys e seu conselho só se importam com torneios e futilidades da corte. Diferentemente de Corlys Velaryon, que une o útil ao agradável: propõe que eles tentem resolver os conflitos nos degraus e além disso mostra que Westeros e sua própria casa são fortes.

Após esse primeiro episódio icônico, House of the Dragon já se consagrou em meu coração. Uma adaptação memorável e que faz jus a obra Fogo e Sangue, e que ao mesmo tempo contém uma história única e nos dá a oportunidade de entender ambos os lados da história. E além de tudo isso, a série deixa bem claro o protagonismo feminino, cada uma delas tem sua personalidade e desejos próprios, e claramente a sede por poder. Eu espero que ao longo da série tenhamos cada vez mais enfoque nas personagens femininas, e que elas tenham um desenvolvimento coerente e decente. 

Dracarys!!!!