Fazia tempo que eu não lia uma frase que definisse tão bem o Brasil quanto o “Yes, We Créu”. Merecia um documentário na TV Cultura só sobre isso. Pensem bem em quantas características do nosso país aí embutido.
Para começar a nossa junção de culturas, refletido no estrangeirismo. A própria história do nome forró ter origem no termo for all já mostra isso. Nem fazemos ideia de quantas palavras vieram de outros idiomas.
Não podemos esquecer do perfil fanfarrão do brasileiro, que faz paródia com qualquer coisa. Tudo vira brincadeira e festa no mundo concreto e Trending Topic no Twitter. O fato dessa ser a frase de comemoração da eleição do Rio para sede das Olimpíadas de 2016 já prova.
Fora isso, ainda temos a mania do brasileiro de relacionar tudo com sexo, a “mente suja, poluída”, como chamada pelos mais conservadores. “Hum… Vai comer uma banana, é?”. O entra e sai, entra e sai de uma sala deu origem ao “Tá pegando muito na maçaneta, hein?”. O Créu não poderia ser diferente.
Esse mesmo Créu do funk de origem na cultura popular já está – goste ou não – presente na cultura de todas as classes sociais. É capaz até da sua avó conhecer e saber a dança, se for mais moderninha.
Mas o mais legal de tudo é ver nosso ufanismo – mesmo que numa demonstração considerada duvidosa por alguns – como verbete na Wikipédia internacional. É o poder do retweet, mas acima de tudo, uma demonstração de que, realmente… Yes, We Créu!
Twitter @fepacheco @newronioespm
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