Um projeto que começou nas mãos da Unity, a principal engine de jogo e RV/RA do mundo atualmente, e que graças ao gênio Neill Blomkamp se tornou um experimento excepcional do estúdio. Não é de hoje que a plataforma produz curtas para lançar suas inovações no mundo, com Rakka, Firebase e Zygote, mas ADAM com certeza veio para subverter tudo e mostrar que basta uma boa união, uma produção de ponta e um diretor criativo, que já produziu Distrito 9 e Elysium, para um conteúdo relevante.
A inovação que deu a luz à ADAM foi a renderização em tempo real, com gráficos em 3D quase perfeitos (uma utopia tão distante da realidade paralela do curta) que rodam em 1440p em um GeForce GTX980, não faço ideia do que isso signifique mas respeito essa informação por parecer imponente.
Com um enredo cru, entregando infinitas possibilidades de viagens durante o roteiro para um diretor que fez jus ao desafio que foi entregado. O episódio 1 nos mostra um futuro completamente distópico e perturbador, onde robôs se libertam de seu sistema operacional por um nômade, que no final se torna o líder de uma jornada fugindo da prisão, e que parece não ter um fim tão otimista assim.
No episódio 2, nomeado de Mirror, os robôs chegam em uma vila e descobrem que perderam a sua memória junto ao seu corpo, se mantendo aprisionados em um corpo metálico e frio. Quando a única humana do recinto se apresenta, ela tem o poder de revelar o passado de todos eles, iniciando uma profecia que não me parece nada estranho levando em consideração seu nome ligeiramente suspeito Adam (analogamente Adão, o primeiro homem do mundo).
A OATS, produtora experimental de Blomkamp parece estar investindo seus esforços na distopia, que não por um acaso vale todo e qualquer investimento pela seu vasto infinito de realidades. Na semana passada, foi lançado o episódio 3, que trabalha exatamente nesse roteiro aberto, mostrando uma outra seita, onde os humanos se curam da tempestade tóxica por meio da aversão à tecnologia e trabalho duro.
Enquanto assistimos um Hype que nos trouxe 3 curtas que facilmente poderiam fazer parte de uma produção maior em um jogo, ou até em um filme, esperamos ansiosamente pelo próximo passo da Unity e Oats, uma união de respeito.