Ninguém admite que é racista e a frase de efeito típica do racista que quer parecer ~desconstruidão~ é “mas eu tenho amigos negros!”. Na indústria da moda isso não poderia ser diferente. As campanhas têm no máximo um ou dois modelos negros no máximo, para expressar o quão “diversa” é a marca. Um exemplo disso é ano passado, quando modelos negras foram tiradas do cast da Victoria’s Secret Fashion Show para darem espaço a Kendall Jenner, por exemplo, e, quando questionados por que fizeram isso, a marca disse que “já tinham modelos negras o suficiente”.
Campanha da Versace com um único modelo negro. Escolhi essa porque foi a única que não tivesse exclusivamente modelos brancos.
Lembro como se fosse ontem quando Lupita Nyong’o foi eleita a mulher mais bonita do mundo pela revista People e como todos ficaram chocados e indignados com essa indicação, coisa que não aconteceu, por exemplo, quando a eleita foi Jennifer Aninston. Assim sendo, a modelo Deddeh Howard resolveu criar um projeto com o objetivo de motivar a conscientização sobre a desigualdade entre negros e brancos na moda e na publicidade, chamado Black Mirror (sim).
A modelo afirma que diversas vezes as agências que a representavam adoravam a sua aparência, mas já tinham um modelo negro, portanto não poderiam chamá-la para determinada campanha.
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