Quanto mais a rotina urbana nos consome, mais o gene arcadista crava as unhas na nossa pele, o que faz com que exaltemos a importância da natureza em nossa vida. Talvez isso não seja realidade para uma maioria, mas muitas pessoas sentem a necessidade da fuga das grandes metrópoles. Exemplo disso, é o trânsito intensificado nos feriados. Quilômetros e mais quilômetros de carros se enfileiram nas rodovias na esperança de se livrarem, mesmo que por alguns dias, do caos urbano.

Mas por que sentimos essa necessidade? Não há uma resposta exata para isso, apenas sabemos que há uma interligação entre o ser humano e a natureza, ou seja, há um lado selvagem no nosso espírito. Os arcadistas bem sabiam disso e não é à toa que a maioria das poesias dessa escola literária enaltecia a vida simples, bucólica e pastoril, posicionando a própria natureza num pedestal acima. No filme Avatar, por exemplo, essa relação entre o ambiente e o ser é muito bem explorada. E, pensando bem, é possível sim, sermos tão conectados com a nossa natureza, quanto os Na’vi com a deles.

Partindo desse pressuposto, a artista Kindra Nikole criou imagens belíssimas que demonstram justamente essa relação humana com o ambiente externo natural. Com uma alusão aos contos de fadas e ao surrealismo, é possível detectar um ar meio sombrio e misterioso. As cores, os tons e as paisagens, despertam um sentimento de uma imensidão pura, porém um pouco traiçoeira, que incentiva uma profunda reflexão. Nas palavras de Leonardo da Vinci, essa arte “diz o indizível, exprime o inexprimível e traduz o intraduzível”.

Uma criação incrível, que merece destaque e reflexão. Confira algumas imagens desse projeto:

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Antes, era apenas mais um garotinho, do interior de SP, com uma cabeça desproporcional ao corpo. Agora, um estudante de Publicidade e Propaganda da ESPM.