Parte da beleza do mundo se concentra na infinita complexidade de todas as coisas. Como uma série de eventos aleatórios criaram lindas espécies e paisagens em um planeta qualquer em meio ao todo o caos do universo? Quantos organismos compõem um corpo ou uma planta? Como disse o filósofo Alan Watts, não importa onde estamos ou quem somos, estamos sempre no meio. Sempre haverá algo “maior” ou “menor”. Esse é o jogo. Literalmente.

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O desenvolvedor David O’Reilly (responsável também por “Mountains”) parte da premissa existencialista e cria um game completamente novo, no qual podemos ser absolutamente tudo. Começamos com a espécie, lugar e tempo aleatórios. A partir disso, o jogador tem a liberdade de terminá-lo com o mesmo ser ou transitar entre organismos diferentes, podendo se tornar desde bactérias até sistemas solares e galáxias.

O conceito filosófico nos mostra como os organismos estão interligados, como se todos fôssemos parte da composição de algo muito maior. A combinação de espécies e ambientes criam uma imersão profunda, repletas de possibilidades.

“Everything” segue a corrente de “jogos para refletir” (como Journey, Limbo e Stanley Parable) e atualmente está disponível para o PS4 e chega ao PC no próximo mês.

Crítico mirim, desenhista amador, escritor júnior e futuro diretor (se tudo der certo).