Em julho desse ano, Mad Men (2007), da emissora americana AMC, completou dez anos de lançamento.

A emissora, até então, tinha uma programação quase que exclusiva de filmes clássicos e nenhuma série roteirizada. Com medo de que operadoras de televisão a cabo deixassem de oferecer seu canal, o CEO da AMC, Josh Sapan, começou sua busca por uma série comparável a Família Soprano (1999), da HBO, que na época era o maior e mais aclamado produto da televisão americana.

Enquanto isso, Matthew Weiner, escritor em Família Soprano, tentava vender seu roteiro para diversas emissoras, inclusive a própria HBO, que recusou a oferta. Mesmo quando a AMC comprou o roteiro de Weiner, tirá-lo do papel não foi algo fácil: muita discussão sobre a produção da série e mais de cinco testes de Jon Hamm para o papel de Don Draper aconteceram até Mad Men estrear no dia 19 de julho de 2007.

Por incrível que pareça, Mad Men foi rapidamente aclamada pela crítica, rendendo um Emmy de melhor série dramática em seus quatro primeiros anos. Mesmo nunca tendo esse mesmo sucesso com o público, a série abriu porta para a criação de Breaking Bad logo depois e cumpriu mais do que Sapan poderia imaginar.

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Depois que ambas as séries ganharam quantidades absurdas de prêmios, a AMC entrou no mapa e começou a tendência que fez a televisão da forma que ela é hoje.

A partir de então, séries dramáticas grandiosas tornaram-se praticamente pré-requisitos para emissoras americanas, além de servirem como forma de status e segurança para elas.

Game-of-Thrones

Com séries novas sendo lançadas semanalmente nas mais diversas plataformas, é cada vez mais difícil que um seriado mantenha sua audiência. Séries como Game Of Thrones e Stranger Things, que engajam grandes públicos, hoje são necessárias para todo qualquer um que pretende se manter no ramo do entretenimento.

A constante criação de séries com produções cada vez mais cinematográficas, ao mesmo tempo que é um desafio para as plataformas, acaba favorecendo o consumidor, que agora tem acesso a inúmeras séries de alta qualidade.

 

De grão em grão, tanto bate até que fura.