Olhando na linha do tempo artística conseguimos perceber várias adaptações e quebras de pensamento pelo passar das eras. Quando pensamos em esculturas nos veem a cabeça alguns materiais clássicos para representar ou reproduzir os objetos, como a argila, o gesso, o metal, o mármore, todos esses eternizados nas obras de grandes artistas como Michelangelo, Donatello, Da Vinci, percursores no sucesso da considerada terceira das artes clássicas.

Com todas obras geniais já feitas, nós temos que vê-las como referência para executar um bom trabalho, mas nunca esquecer que a inovação faz parte do processo. O tempo atual e seus acontecimentos interferem muito no processo criativo.

A artista Kathleen Ryan resolveu acompanhar os aperfeiçoamentos e fez um conjunto de esculturas que impressionam por sua semelhança com o real, utilizando algumas pedrinhas para formar algumas frutas em estado de decomposição:

Kathleen disse que usa de pedras com bastante durabilidade para contrastar com a degradação e mofo das frutas. O conceito de contraste na arte já foi abordado em um texto publicado no blog. Venha conferir aqui.

Além disso, a artista conseguiu representar o mofo muito bem com a diferenciação de cores nas pedras, dando um ar antigo e brilhante para a fruta, mostrando que em alguma ótica até a degradação tem a sua beleza, já que tudo tem seu tempo, e isso que torna o objeto em perspectiva especial.

Outros tipos de materiais também começam a ser frequentemente usados em algumas esculturas. Um simples que cumpre a proposta da obra e ainda faz a reutilização para o bem do ecossistema é o plástico. O artista David Edgar utiliza de plástico reciclados para construir animais da vida marinha! (Que ironia, não?!)

Edgar aposta, assim como Kathleen Ryan, na mistura de cores dos materiais para dar vida as obras. Fica bem legal e diferente!

O clássico sempre é muito bom e penso que admirá-lo é nosso dever. Mas inovar e fazer o diferente quebra perspectivas e marca uma época onde a mudança é o nome da vez.