No ano de 2005 o músico Sufjan Stevens teve a ideia de realizar um álbum completo com músicas para cada um dos 50 estados dos Estados Unidos. O projeto ganhou o nome de “Projeto dos 50 Estados”, e acabou empolgando muita gente na época. O tempo passou e a promessa de Stevens acabou morrendo na memória dos norte-americanos. Menos na do cineasta Joey Clift.

Mesmo não sendo um fã e admirador da obra de Sufjan, Joey ficou sabendo desse projeto e gostou da ideia de seu estado, Washington, ser reverenciado com um álbum só para ele. Com a, praticamente, desistência do músico em relação ao projeto, Clift resolveu colocá-lo novamente nos trilhos. Mas decidiu não fazer sozinho. Botou em prática um trabalho comunitário.

Com o tédio e monotonia dos primeiros meses de isolamento, Clift propôs aos seus seguidores com alguma habilidade musical, que enviassem músicas e ideia sobre um estado, dando um dinamismo e entretenimento ao público durante a quarentena. As pessoas se empolgaram com a ideia e mais de 200 músicos uniram forças para tentar finalizar o tão esperado projeto.

Pôster da produção de Joey Clift

Dentre os participantes do projeto estão músicos que protagonizaram faixas profissionais, como Stelth Ulvang, um membro dos Lumineers, e aqueles que protagonizaram faixas amadoras, como o caso do produtor Deb Edattel, que juntou-se com a família, e fez com que seus filhos participassem do projeto com o intuito de entretê-los em momento que está longe da escola e de seus amigos.

Um projeto que iniciou como uma promessa vazia de um músico pôde, além de ressignificar o estilo de vida para centenas de pessoas em um período tão difícil da pandemia, criar sonhos a partir das experiências familiares. Os álbuns deram finalmente o pontapé inicial, e aguardemos novidades para vermos se é uma ideia que morrerá na praia como mais uma promessa, ou vingará e prestigiará todos os estados dos EUA.