A famosa trilogia pelas irmãs Wachowski sempre causou discussões por questionar se a realidade em que vivemos é, de fato, real. De todas as teorias conspiratórias e conceitos por trás da narrativa, a relação com o mito da caverna de Platão é a mais explícita.

O mito fala sobre como, muitas vezes, ficamos presos na realidade comum em que estamos inseridos, julgando tudo o que é diferente, sem perceber todo o contexto que nos envolve. Através de um conto com homens que, acorrentados em uma caverna, só conseguem ver as sombras das coisas que passam pela fresta de luz e fazem sombras na parede. Ao sair da caverna para explorar o mundo e aprender o que as sombras realmente significam, ele iria voltar para contar para os outros, que o ridicularizariam por seus colegas, que só conseguem enxergar a realidade das sombras.

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A relação se dá no primeiro filme, em que podemos ver a Matrix como a caverna, um espaço em que as pessoas estão inseridas por toda as suas vidas, para elas, a única realidade que existe é a qual estão vivendo, colocando em pauta a mesma pergunta de Platão: “Como podemos saber qual é realmente a nossa realidade?”.

E é na presença de Morpheus que Neo tem a oportunidade de escolher a pilúla vermelha e ir “para o sol”, onde pode ver tudo o que acontece por trás da programação perfeita, da matriz que ele lida diariamente.

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Várias outros conceitos são abordados nas continuações da trama, como a discussão da existência do livre-arbítrio ou até o ciclo da reencarnação, mostrando que o entretenimento também pode refletir as questões mais fundamentais de nossa existência.

Séries, música e textos são algumas das coisas que completam o meu vazio existencial.