Sabe aquelas perguntas tão estranhas que você não faz nem para os seus amigos? Se você é como eu, e não aguenta ficar sem resposta, você joga no Google. Afinal, lá você pode perguntar qualquer coisa sem que ninguém saiba. Exceto o Google. E as redes de publicidade. E, se você usar um app conectado a alguma rede social, tanto o app quanto a rede.
Não é novidade que a internet hoje é uma extensão dos nossos pensamentos, e que o acesso que temos a informação é algo lindo. O que é novidade é saber que tudo o que você coloca, procura ou baixa na internet é conhecido, instantaneamente, por alguém.
Desde as revelações de Edward Snowden, sabemos que tudo o que fazemos é guardado pelo governo americano. Tudo.
Algumas pessoas, eu incluso, não gostam dessa ideia e, a partir disso, resolveram organizar as chamadas Cryptoparties.
Essas “festas da criptografia” são eventos organizados para conscientizar o público sobre a questão da privacidade na rede, como podemos mudar isso e o que fazer caso você não queira que sua vida seja coletada e armazenada por um tempo indefinido.
Aqui em São Paulo, como gostamos de festas, desde o ano passado é feita a CryptoRave, uma CryptoParty de 24 horas com palestrantes importantes na área, discussões sobre diversos assuntos relacionados a internet, cultura e, obviamente, privacidade. Além disso, há uma área dedicada a instalação de programas que dedicados ao uso privado da internet e, como o nome diz, uma festa.
Esse ano a Cryptorave está no Catarse, procurando por financiamento coletivo para a sua realização.
Se você pensa que nada disso te afeta, um dado: Sabe a onda do “mande nudes”? Se você já mandou algum, para quem quer que seja, algumas pessoas no governo americano têm essas fotos também.
E para o pessoal do “quem não deve não teme” fica um desafio: Me mande seu histórico de navegação e conversas de Facebook por uma semana. Só não vale usar a navegação privativa.
Pedro Morissawa
Meio ou mensagem. Se comunica algo, eu gosto.
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