Você provavelmente já ouviu falar do vídeo lançado pelo governo dinamarquês tentando estimular os jovens a votar.
Nele, o Voteman, que é uma mistura de Johhny Bravo e Chuck Norris, usa da violência e da intimidação para fazer com que todos os desinteressados em política e alheios a tais decisões não desperdicem seus direitos no dia 25 de maio. Confira:
O vídeo, que foi publicado e retirado do ar rapidamente pelo governo, acabou viralizando e se tornou assunto de discussões sobre a estratégia, considerada por muitos, forçada, machista e violenta.
Segundo o porta voz do parlamento, Morgens Lykketoft: “O retorno é muito importante, então usamos todos os métodos que podemos”.
Apesar do vídeo obviamente não ser uma representação real do que acontece se a população jovem decidir evitar as urnas, e que cenas de sexo, violência e humor contestável são facilmente acessíveis ao público alvo da campanha, há um outro fator em questão.
Ocorreu, há uma semana, a primeira passeata neonazista em Copenhagen desde a segunda guerra mundial. Com a autorização da prefeitura, cerca de 40 membros do partido se reuniram e até trouxeram instrumentos musicais para expressar suas ideias.
Porém, a passeata não durou muito: cerca de duzentos cidadãos se revoltaram e tentaram pôr um fim na manifestação, que acabou se tornando violenta e sofreu intervenção policial.
E não é só na Dinamarca que isso tem acontecido. Na Grécia, foram eleitos seis parlamentares do partido Aurora Dourada, assumidamente neonazistas. E em Paris, a marcha contra o casamento igualitário reuniu cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Frente à onda “conservadora” que pode ser observada na Europa nos últimos anos, será mesmo que o vídeo tinha como único objetivo incentivar os jovens a votar? Ou quem sabe também questionar a ascensão de partidos extremistas?
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