A usina de Chernobyl foi palco do pior acidente nuclear da história que apesar de não ter sido divulgado pelo governo, foi divulgada e criticada mundo afora quando descoberta. Um dos primeiros fotógrafos a documentar o local, Igor Kostin, mostrou para o mundo o que ocorreu por lá. Kostin documentou tanto o acidente quanto os resultados à população da cidade de Pripyat. Infelizmente o fotógrafo morreu ano passado em um acidente de carro.
Em homenagem ao fotógrafo russo o artista de rua australiano Guido van Helten foi até a ex-usina e pintou no reator #5, que na época estava apenas 70% construido, um retrato do Kostin em um muro lá dentro. Segundo van Helten é a primeira peça de arte de rua no local, não que seja o mais relevante, mas como o grafiteiro também disse o que restou do local é lindo em sua própria decadência.
Por causa da radiação do lugar o artista e o câmera, Geo Leros, foram vestidos com roupas anti-radiação e máscaras de ar. A radiação apesar de invisível está presente, sem cheiro, gosto ou forma mas sempre visível no contador geiger. Por isso os dois não quiseram ficar lá por muito tempo, terminando o detalhado mural em meras 7 horas.
A primeira peça de arte da área, um retrato sombrio deixado para sempre no interior de uma torre inacabada abandonada para apodrecer por todo o sempre num local esquecido pelo tempo e por todos. Invisível e esquecido assim como as pessoas que deixaram suas vidas, almas e histórias ali naquela região, o mural de Guido é um testamento ao descaso em realação ao acidente pelo público moderno.