Olha eu aqui mais uma vez e pra falar do que?
Isso mesmo!
Amor.
Mas você não pode me culpar por querer falar disso, na verdade, me sinto no direito de culpar a nova série da Netflix: Heartstopper.
Baseada numa série em quadrinhos do mesmo nome, Heartstopper nos mostra como um relacionamento gay pode, sim, ter um final feliz.
Falo isso, porque cresci consumindo filmes LGBTQIA+ na qual o casal sempre terminava de alguma forma (se você quiser saber um pouco mais sobre isso, indico ler o texto “My Policeman” e a dualidade polêmica do cinema LGBTQ+ da Lara Cardoso!).
Claro que a série nos apresenta alguns dramas, principalmente porque o casal principal, Nick e Charlie, tem apenas 16 e 15 anos: é completamente normal ter alguns desentendimentos, mas – pasmem – há diálogos e eles conseguem resolver os problemas.
O que mais me dá raiva nas histórias românticas é que o casal nunca conversa e isso gera brigas extremamente bobas, então se você sente a mesma coisa, confia em mim, essa indignação você não vai sentir com essa série.
A história carrega alguns clichês, como o Nick ser “o jogador popular” e Charlie “o nerd”, inclusive não é nenhum choque que Charlie sofre bullying do time de rugby do colégio, principalmente por ser gay assumido – se prepare para alguns discursos homofóbicos, que com certeza, vão te fazer querer entrar na série e bater nos idiotas.
Apesar de ter clichês, eles não são chatos! Inclusive tornam a história mais interessante, e, surpreendentemente, a deixa mais original. Isso porque cada personagem parece único, além de serem extremamente diversos.
Falando nisso, todos os personagens são valorizados de alguma forma, o que faz com que se torne gostoso acompanhar tanto o casal principal quanto os secundários: tudo casa muito bem e a história nunca perde o ritmo.
Em Heartstopper vemos um amor tão simples, em que o que importa mesmo são os primeiros sentimentos caóticos, que surgem por meio dos pequenos gestos. Não há grandes provas de amor, inclusive, são os detalhes que conquistam tanto o casal quanto o espectador.
São todos esses fatores que tornam essa série tão maratonável! Por isso, se eu fosse você, corria agora para assistir!
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