O conceito de vida móvel já está presente em nosso dia-a-dia há algum tempo – celulares, notebooks, mp3 players são alguns dos itens que encabeçam a lista de aparelhos que propiciam essa possibilidade para nós. Mas há uma diferença se tornando mais e mais evidente. Mobilidade era um sinônimo de concessão: velocidades menores, navegadores menos práticos, capacidade de processamento risível – o que enxergamos hoje, entretanto, é um abrandamento desses “preços” pagos por quem quer se manter online em qualquer lugar, a qualquer hora.
A mobilidade evolui para garantir controle, conhecimento e capacidade de produção em qualquer lugar. Não tem só a ver com potência crescente dos gadgets, tem a ver cada vez mais com o meio com que as pessoas podem interagir com ambientes em que se encontram, inaugurando novas relações nascidas da mobilidade.
São duas plataformas de celulares – uma já lançada e uma ainda em estágio de conceito – que dão a pista do tipo de interação estamos falando.
Android
O Android é a plataforma para celulares do Google – rodando em aparelhos de marcas diferentes, e já comercializado fora do Brasil, a novidade é pautada em duas premissas: que as pessoas acessem internet nele com a intensidade e praticidade que o fazem em casa, além de um celular 100% consciente de sua localização geográfica o tempo todo, permitindo que ele proponha interações do usuário com o ambiente em tempo real.
Os aplicativos que o Android roda foram criados via crowdsourcing: são desenvolvedores independentes quem projetam os programas, garantindo variedade e muita criatividade para os softwares disponíveis.
Um desses aplicativos é chamado Cooking Capsules – ele gera uma sugestão de receita diária para o usuário, e vai avisando ao longo de seu caminho para o trabalho aonde ele pode ir para adquirir os ingredientes necessários para fazê-la. Outra novidade é o Commandro, que “conversa” com outros Androids para avisar quando um amigo seu está passando no quarteirão do lado, facilitando encontros casuais.
MS Phone
Ainda sem data de lançamento e sem um nome oficial, o celular da Microsoft também reserva suas surpresas. Apresentado ao público na CES 2008 pelo próprio Bill Gates, o telefone promete aproveitar bastante seu mecanismo de reconhecimento de imagens. Ao apontar a câmera do aparelho para um cinema, por exemplo, ele reconhece o estabelecimento e permite a compra de ingressos a partir do próprio telefone. Ao fazer o mesmo na fachada de uma loja de departamentos, o consumidor pode saber de promoções, da disponibilidade de tamanhos e efetuar compras sem entrar na fila. O mesmo vale para reservas de restaurantes, compra de shows, etc.
Do ponto de vista da relação com as marcas e produtos, uma era de possibilidades sem precedentes: o senso de oportunidade das pessoas vai ser sempre provocado por ofertas personalizadas que podem vir de qualquer lugar. Mais do que isso, um consumidor mais consciente, que poderá comparar preços sem sair do lugar e se armará para escolhas mais rápidas e mais acertadas.
Colaboração do Talent Oxygen
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