O tryvertising – tendência já abordada aqui – mostra sinais de evolução. A aplicabilidade do conceito torna-se cada vez maior a partir do momento que empresas entendem suas vantagens e aproxima-o da vida dos seus consumidores. Versões de laboratórios como Sample U, Sample Lab, Club C, SamplePlaza já não são os únicos exemplos de materialização da tendência.
Essas lojas ajudam as empresas a divulgarem e terem um feedback dos produtos recém-lançados ou em fase de teste. Por outro lado, partem da premissa que certos consumidores precisam despertar em si o interesse para visitá-las e responderem às pesquisas. As novas ações envolvendo o tryvertising caminham no sentindo inverso e trazem o consumidor à experimentação, ao invés de eles irem atrás.
O nosso primeiro exemplo fora dos laboratórios de varejo é o Boo-Box. A vending machine – que, na verdade, não vende coisa alguma – funciona como uma forma diferente de distribuir amostras grátis. Instaladas em locais de grande movimentação, disponibilizam um número para o qual o consumidor envia um SMS e recebe um código para digitar na máquina e fazer o produto cair.
A Boo-Box estimula reações favoráveis às marcas que disponibilizam suas amostras, fazendo com que o produto entre na vida de um consumidor sedento por referências, estimulando-o a interagir e dar valor àquela amostra, o que não aconteceria se um promotor simplesmente tivesse oferecido, como nos tempos no velho sampling.
Utilizando a mesma linha de raciocínio, a Renault criou um estilo totalmente inovador de test-drive para o Mégane. Geralmente, a experimentação de um carro dura algo em torno de 20 minutos, tempo insuficiente para criar uma identificação com o produto. A montadora, entendendo o sentido do tryvertising, fechou uma parceria com a locadora Avis para que o carro pudesse ser experimentado por 24 horas durante um final de semana.
A experiência gerada faz com que muito mais pessoas criem identidade emocional com a marca, já que passa a fazer parte de momentos agradáveis na vida delas. O cliente consegue esquecer que aquilo é um teste e sente o carro como uma propriedade, tranformando o tryvertising em vetor que estimula as compras.
O movimento se consolida como um facilitador de contato entre o consumidor e categorias familiares ou novas para ele. Ela se reafirma como ferramenta para estimular decisões favoráveis às marcas e faz empresas se aproximarem das pessoas.
Colaboração Talent Oxygen
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