Mesmo com um leve atraso, finalmente assisti Tick…Tick…Boom. E diga-se de passagem: QUE FILME!

Mas hoje, depois de uma aula incrível de roteiro, não estou aqui para fazer uma resenha ou avaliação do filme, mas, sim, para refletir sobre como ele se encaixa perfeitamente com a nossa vida (isso mesmo, de nós jovens-adultos).

Jonathan Larson, uma figura icônica não só da escrita, como também da música, escreveu RENT, um dos primeiros musicais a sair do padrão Broadway por conta dos temas que eram abordados, como: HIV, relacionamentos homoafetivos e também vício em drogas. Mas, Camila, que raios que isso tem a ver com minha vida? Então…aí vai

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No filme Tick…Tick…Boom, vemos Johnny dando tudo de si para sua incrível e diferenciada peça Superbia, porém, nosso querido protagonista é tão apaixonado por escrever e criar que, ao experienciar um bloqueio criativo, sua vida vira de cabeça para baixo. Mas será que Johnny já não tinha sinais de que ele deveria conciliar sua maior paixão (escrever) com seu dia a dia?

Lembrando que estou falando do personagem que foi apresentado na adaptação/filme e não da pessoa Jonathan Larson.

Ao longo da vida, inúmeras dúvidas, mas pode ter certeza que durante a juventude, elas são extremamente aguçadas. Eu mesma pensava que assim que entrasse na faculdade meus problemas e preocupações iriam acabar. Dá pra acreditar em um absurdo desse?

Assim como Johnny com Superbia, eu pensava que passar na faculdade seria a obra da minha vida, seria o marco, mas mal sabia eu que era apenas um começo (ou até mesmo, um recomeço). Seguindo esse fio, vemos que o maior medo de Johnny era envelhecer antes de conseguir fazer algo grandioso, mas será mesmo que temos que fazer algo grandioso antes dos 30? Será que temos que ter pressa na grande trajetória da vida? Em minha sincera opinião, não!

Por muitas vezes, pensamos que temos que ser perfeitos pelo menos naquilo que amamos, mas a perfeição é muito relativa, né? Johnny acabou focando tanto no musical que ele transformou a vida dele nisso, sem conseguir dar atenção para a namorada, sem conseguir organizar a vida dele e o pior: sem prestar atenção no que seu melhor amigo estava passando. E a partir do momento em que Johnny percebe que perdeu parte de sua humanidade, devido à demasiada cobrança da sociedade e autocobrança, ele começa a entender que nem sempre aquilo que a gente quer é o que realmente a gente precisa.

Então, descobrir ou até mesmo conquistar aquilo que precisamos é o que nos move como seres humanos. Autodescoberta é uma arte única, e o sucesso…o sucesso em si é algo relativo.