Tropas Estelares, Jurassic Park, It: Uma Obra Prima do Medo, Sete Homens e Um Destino, Jovens Bruxas e Poltergeist. Com toda a certeza você já assistiu algum dos filmes citados anteriormente ou pelo menos já ouviu falar de seus personagens e enredos.

As obras cinematográficas têm um poder de prolongação gigantesco, pois acessam as rotinas dos espectadores de uma forma muita efetiva – os longas costumam guiar assuntos e marcar presença em todos os veículos em seus períodos de exibição. E Hollywood está aproveitando desses fatos para produzir remakes e continuações que garantem a circulação de dólares e de pessoas vidradas em suas histórias.

Aliás, atire a primeira pedra quem nunca decidiu assistir um filme apenas para passar o tempo ou como pura forma de distração. O cinema tem o fantástico poder de cancelar o significado que conhecemos de tempo contemporâneo. Quando entramos em uma sala de cinema os nossos sentidos são anestesiados e os ponteiros começam a correr de outra forma. Já reparou?

Pensando em todo esse contexto, é possível afirmar que nada é por acaso quando o assunto é produção cinematográfica. Uma indústria tão milionária não iria desperdiçar seus cifrões em roteiros que não fossem capazes de prender a atenção de um consumidor ansioso por explosões, cenas lotadas de cortes e efeitos especiais – sim, outra tendência do cinema é de que os roteiros psicológicos percam cada vez mais espaço, pois um senso comum de que ninguém mais tem paciência para esse tipo de filme paira no setor.

Cinema se tornou sinônimo de puro entretenimento e a reflexão em si fica para um segundo (ou terceiro, ou quarto) plano. A maioria dos espectadores só aceita o que está passando na tela e não consegue relacionar todo aquele projeto com suas vivências e até questões pessoais. Por isso se explica um esgotamento de roteiros: não há porquê inovar se a maioria das pessoas aceita tudo tão facilmente e consome, sem questionar, cada estereótipo representado nos filmes.

Um exemplo disso é “Mad Max: Fúria da Estrada” que estreia na próxima quinta-feira (14) e remonta o sucesso que transformou Mel Gibson em uma estrela. O filme é uma espécie de releitura dos personagens da trilogia e está sendo aguardado com muita ansiedade. O motivo? Utiliza o combo ação-ação-ação com maestria.

Outro filme que retorna às telonas é o clássico “Poltergeist” como uma tentativa de reapresentar o gênero de terror para uma geração carente de produções realmente assustadoras.

Dizer que existe uma fórmula certa para filmar um longa seria um pouco arriscado, mas dá para afirmar que investir no triângulo protagonista-mocinha-vilão é um caminho que funciona e é bem aceito há décadas.

Resta agora torcer para que os diretores e produtores invistam em alguma solução que melhore essa tendência ou que simplesmente exijam qualidade  em seus  filmes: sejam eles remakes ou não. Assim, os cartazes de “EM BREVE” pregados nos corredores dos cinemas apresentarão imagens novas e menos repetitivas.

Nome de rei, força de vontade de plebeu.