A tecnologia está mudando fortemente o jeito que o varejo interage com seus consumidores. E para adaptar-se é preciso que o varejo compreenda a necessidade de um sistema multicanal capaz de atender as diversas formas de compra que estão surgindo e tornando-se cada vez mais comuns.
Apesar do enorme crescimento da internet e mobile, o ponto de venda não perde força. Na verdade, ele precisa adaptar-se a novas tecnologias e inovar. Por ora, o assunto da vez são os RFID – identificadores de rádio freqüência – que funcionam como um código de barras, armazenando informações como data de validade, preço, ingredientes, número de lotes.
Tá… até então nada demais. Mas os RFID podem transformar totalmente o varejo. Primeiramente, o sistema operacional se torna muito mais eficiente. Através dele é possível controlar o movimento do estoque desde o centro de distribuição até dentro do próprio ponto de venda, fazendo com que os funcionários saibam como está o estoque em tempo real.
Ok, mas a graça mesmo está no que os RFID podem fazer para o consumidor. Entre os inúmeros exemplos que eu posso dar, particularmente (por que será?) eu curti o provador capaz de identificar a roupa que você está experimentando e sugerir outras peças que combinem. Além disso, através de um aparelho que fica na cabine, você pode pedir à vendedora outras cores ou tamanhos.
Através dessa tecnologia é possível, também, evitar filas na hora do pagamento, já que seria possível passar o carrinho de compras por um leitor que identificaria todos os produtos de uma só vez.
Na Coréia, o consumidor do Mc Donald’s encontra um leitor de RFID na mesa, pluga no celular e aponta para os itens no cardápio e recebe um SMS no momento em que seu pedido estiver pronto. E como se não bastasse, a cobrança é feita na conta do telefone.
Na Espanha, um terço das lojas já trocaram as etiquetas com código de barras por essas com RFID. No Brasil, como sempre, a tecnologia ainda está muito no começo. As Lojas Marisa, por exemplo, pretendem mudar todo seu sistema até 2010.
Outra tecnologia que começa a ser usada no varejo é o QR Code (já postado aqui) que além de armazenar grande número de informações, facilita a vida do consumidor. Com ele, dá não só pra comprar o produto através do celular, como também pesquisar preços e ofertas. Apesar de em alguns aspectos, poder ser considerado uma evolução do RFID, o QR Code não permite, por exemplo, o controle das mercadorias.
Pode-se dizer que a primeira tecnologia é mais voltada para o varejista e a segunda para o consumidor, na medida em que não necessita um aparelho específico para leitura, que pode ser feita através do aparelho celular. No entanto, são essenciais para o varejo do futuro.
Marcela Alvarez, 26 de novembro às 17h 34min.
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