No último painel do dia no Supernova, Summit de Comunicação promovido pela ESPM o foco se voltou para as carreiras.

A mesa que encerrou o evento contou com a participação de Adriana Gomes (Ace e Vida&Carreira), Marcel Viganô (Psicanalista), Jonas Furtado (Meio & Mensagem), Tatiana Pina (Grupo Cia. de Talentos) e Paulo Sardinha (ABRH-Brasil) que discutiram os aspectos da construção de carreiras nos tempos atuais.

O debate começou questionando o mito de que se contrata por competências técnicas e se demite por questões comportamentais.

Tatiana Pina afirmou que 100% das empresas hoje faz seleção por comportamento. O técnico ainda é importante na formação e contratação de profissionais, mas os chamados soft skills, competências comportamentais e de convivência, cada vez mais fazem diferença nesse processo. Muita gente acaba tendo dificuldade de se colocar no mercado exatamente pela falta dessas competências.

A partir dai os convidados discutiram de quem é a responsabilidade do desenvolvimento dessas qualidades. Um ponto de consenso entre todos é que o primeiro passo para isso é a vontade individual, sem esse comprometimento com o autodesenvolvimento e autoconhecimento nenhuma instituição será capaz de ajudar e capacitar um profissional.

Muitas dessas qualidades são desenvolvidas no próprio mercado de trabalho. As experiências e vivências de diversas situações vão criando no profissional que sabe se perceber e aprender com os erros e acertos da rotina de trabalho um repertório para lidar com adversidades. “O trabalho é o palco onde as pessoas vão se desenvolver e buscar seus objetivos” disse Adriana Gomes.

Outro aspecto importante debatido por eles foi a capacidade dos profissionais de lidarem com a frustração em suas carreiras. Nem todos os planos e metas de carreira vão ser alcançados com facilidade, mas a capacidade de lidar com essa frustração e usa-la para evoluir como profissional é que pode alavancar ou destruir a carreira das pessoas.

O aspecto do tempo também foi abordado. “Precisamos dar tempo ao tempo, mas também precisamos saber usa-lo a nosso favor” disse Paulo Sardinha.

A ansiedade, muito presente nos jovens hoje em dia,  e o desejo de progredir rapidamente em suas carreiras, muitas vezes faz com que esses profissionais  acabem pulando etapas essenciais de desenvolvimento profissional. O efeito disso é que muitas vezes quando alçados a cargos de liderança esses profissionais acabam se frustrando por não estarem preparados para aquele desafio.

A mensagem de otimismo deixada ao final por Paulo Sardinha é de que talvez nós estejamos no melhor momento da história para ser um jovem entrando no mercado de trabalho. O impacto positivo e a capacidade de transformação que esses novos profissionais têm ao seu alcance é algo inimaginável para gerações anteriores.

 

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