Contos

Sophia

By Ian

August 06, 2012

#Contos por Ian Perlungieri

E a mãe de Sophia a aguardava ansiosamente para o café da manhã como fazia todas as manhãs. Porém, especificamente naquela manhã, Sophia não aparecera. E a mãe, com o passar das horas, preocupava-se cada vez mais. E o funcionário do restaurante que Sophia frequentava a aguarda para lhe entregar a marmita que ela pedia todos os dias. Estranhou bastante quando a doce voz de Sophia não foi ouvida e ela não entrou no restaurante nem no horário que costumava ir e nem depois. E a professora de latim de Sophia começava a ficar com raiva dela. Ela não aparecera. “Melhor para mim”, pensava a professora, “ganho mais dinheiro sem dar nenhuma aula”. E a professora permanecia sentada olhando para a porta que não era aberta por Sophia e nem por ninguém. Enquanto isso, o garoto que brincava de esconde-esconde com Sophia não a encontrava. Ele estava quase desistindo quanto pensou ter visto uma manga de camisa atrás do poste. Entretanto, não era Sophia quem estava lá. Nem lá, nem em nenhum lugar. O autor sofre um ataque cardíaco e, por causa disso, todos param de pensarem Sophia. Afinal, ela nunca existiu. A mãe de Sophia era sua vizinha louca. Nunca teve filhos. O funcionário do restaurante era o mendigo que limpava pára-brisas de carros. A professora de latim era uma ex-namorada. E o garoto? Bem… O garoto era o próprio autor que se perdeu de sua irmã em uma brincadeira quando eram crianças. O autor jamais encontrou Vivian, porém outro o fizera. A esposa do autor o leva para o hospital e ele permanece vivo. Vivian havia morrido. Sophia não.

Quem é legal e bonito segue o @NewronioESPM. Quem não é, não.