Se eu já me emocionei com o 1º trailer do último filme de Hugh Jackman como Wolverine, agora após sair da sessão de Logan escrevo como um fã que sempre admirou o ator, mesmo com alguns erros passados, mas que percebe uma sensação de dever cumprido.

O trailer já foi discutido e mencionado em outro texto e o que vocês irão ler é livre de spoilers, e portanto, uma análise crítica do que está por trás do último filme de James Howlett.

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Quando o assunto é Wolverine muitas coisas podem surgir à sua mente: Violência, X-Men, Hugh Jackman, fator de cura, garras, o topete, a barba, etc. No entanto, Logan é tudo isso e muito mais ao final do tão aguardado e também ovacionado último filme.

Em tempos em que filmes de heróis tomam as bilheterias com grandes explosões, CGI, muito alívio cômico e sem muitas camadas e aberturas, Logan entra como uma opção que trabalha mais o drama pessoal de um homem sem rumo. E isso é ser e representar de fato uma história do Wolverine.

Trata de família, a mortalidade, uma vida de violência e todas as consequências de ser uma das armas mais letais já criadas em um experimento de laboratório. Isso se desenrola de uma maneira tão fluída na narrativa que se tirássemos os poderes e tudo que conhecemos como heróis, estaríamos vendo uma história sobre um homem e seu legado.

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O filme faz uma linda e bela analogia ao clássico de George Stevens, Os Brutos também Amam. No longa de 1953, um pistoleiro decide largar todo o seu passado e viver uma vida tranquila, lembra muito um certo herói, não? E mesmo, que o Wolverine e o pistoleiro busquem a todo custo largar sua natureza violenta, ela sempre acaba encontrando uma maneira de os perseguir.

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Esse fardo faz parte de toda a trajetória do herói e Logan traz isso de uma maneira muito forte a cada cena no desenrolar da narrativa. Sem sombra de dúvidas isso nunca foi muito presente ao longo dos 17 anos de Hugh Jackman, muito se deve à indústria que nunca cedeu tanta liberdade criativa e violência (obrigado Deadpool).

Em uma entrevista ao Jovem Nerd, Hugh Jackman mencionou que o que mais lhe chamou atenção nesse personagem que ele vive há tantos anos é o seu coração. São as inúmeras vidas e batalhas que travou ao longo dos anos que acabam transformando o Wolverine em quem ele realmente é, mas isso nunca ficou tão explícito nas telonas como acontece nas HQ’s.

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Logan flerta com algumas referências bem fortes aos fãs, mas sem sombra de dúvidas a maior homenagem que poderia ser feita é uma história dramática, violenta e que consegue finalmente nos emocionar com um filme do Wolverine.

Obrigado, Hugh Jackman, o único Wolverine.

Com o pé na estrada e a cabeça na lua.