Existe um versículo na Bíblia muito citado em casamentos, mas está se tornando cada vez menos real no mundo moderno. Você deve conhece-lo: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” Coríntio 13:11.
Quadrinhos, animações e livros de colorir são apenas alguns exemplos de que, se em alguma época, adulto deixavam de lado suas paixões da infância, isso não é mais realidade.
Seja pela nostalgia – que nos faria ver todas as animações da Pixar no cinema de novo – pela necessidade de desconectar nossos cérebros do mundo digital ou pela busca por concentração e tranquilidade, esse ano, pelo menos o primeiro semestre dele, foi dos livros de colorir.
As publicações se promovem como uma espécie de terapia que para milhões de pessoas funciona como uma meditação já que você tem que relacionar formas e seus tamanhos, a maneira como eles interagem e ainda escolher a cor e, de acordo com os estudos do Dr. Joel Pearson, da University of New South Wales, essas áreas sãos as mesmas responsáveis pela formação de pensamentos relacionados a ansiedade ou estresse.
O sucesso pode ser visto nas listas de livros mais vendidos de todo o mundo. No caso do Publishnews em março a lista do site tinha apenas um livro de colorir, em abril foram seis e em maio foram 11.
Esse tipo de livro pode ser pode não ser concorrente da alta literatura e nem das artes plásticas, mas eles mostram o quanto nossas mentes estão aceleradas e imersas na era digital e, melhor ainda, eles oferecem uma válvula de escape para essa situação.
Então, me deem licença, que só faltam 3 páginas pra eu acabar o meu “Floresta Encantada”.
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