Se eu fosse para a lua, ou para uma aldeia indígena que ainda não teve contato com o homem branco, e tivesse que explicar para eles o que é fazer propaganda eu levaria um filme. Nada do tipo, família feliz, com dois filhos e um golden, vendendo margarina em 30 segundos. Para a lua, eu levaria o trabalho mais legal que eu vi esse ano; não tem narração, não tem 30 segundos, e nem fica mostrando produto, mas tem tudo que um filme bom tem que ter. São 1 minuto e 50 segundos, de uma história encantadora, um trilha incrível, e um storytelling impecável. O filme que eu levaria seria o Life’s Adventure, da BETC Paris para Leroy Merlin.
Porque isso é o que de mais legal vi no último ano, é storytelling puro, é lindo, vende a marca, mas não joga produto na cara de quem assiste. É emocionante e leva as pessoas a quererem compartilhar com os amigos, repostarem no Face e nos seus inúmeros grupos do WhatsApp , sem esquecer a mensagem da marca. E o tal do líquid and linked que o CMO da Coca-Cola fala na palestra dele de uns dois anos atrás ( se você não sabe do que eu tô falando olha isso aqui). Eu levaria esse filme, porque pra mim, propagada precisa ser mais assim, bom pra quem tá querendo vender, interessante pra quem tá pensando em comprar.
Mas por sorte eu não tô indo para lua, nem pra uma tribo isolada. Eu estou indo para Cannes, conviver com os trabalhos mais legais que rolaram pelo mundo no último ano, e aprender com muita gente incrível. Nos próximos dias eu volto aqui com outros textos contando sobre o dia a dia do festival. Vai que eu descubro um novo trabalho favorito de 2016/ 2017 né?
Henrique Sambi
Crio porque não confio em um mundo sem histórias. Nas redes sociais eu sou o @iquesambi
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