Arte & Design

Requiem for Aleppo: Um gesto de socorro

By Colunistas Newronio

August 18, 2017

A dança é uma arte corporal que se comunica pelo corpo e transmite todas as emoções e sentimentos dos bailarinos. Há grandes espetáculos por todo o mundo desejando comunicar o máximo possível, através dos gestos e fazer com que as pessoas consigam sentir todas as emoções.

Foi o que o David Cazalet decidiu fazer quando ouviu noticiários tristes sobre a cidade de Aleppo na Síria, que foi a principal cidade atacada pelo Estado Islâmico. Então, criou o espetáculo “Requiem for Aleppo“, tentando representá-los pela dança e música para compartilhar o sofrimento de todas as vítimas desse tragédia.

Com a coreografia de Jason Mabana, foi criado um momento marcante do espetáculo que é sempre ter alguém fingindo correr sem sair do lugar. Segundo Cazalet, a corrida é uma imagem poderosa, que mostra a necessidade que eles tinham de correr o mais longe possível dali. Todo o espetáculo pode ser subentendido e ter várias interpretações, mas esse em particular, as pessoas compreendem o sentimento de querer fugir desse caos, querer estar o mais longe possível de toda essa catástrofe que está ocorrendo na Síria, aquele desejo de apenas continuar indo em busca de um lugar seguro, em busca de proteção.

Cazalet afirma que ficou muito preocupado em não conseguir demonstrar realmente o que os refugiados estavam sentindo, logo que, ele nunca foi até Aleppo e não vivenciou o caos. Porém, ele diz ter recebido comentários positivos das pessoas da Síria com quem ele conversou e apresentou sua ideia. Recebeu o consentimento deles de dar visibilidade para essa história que precisa ser absolvida pelo resto do mundo de uma forma comovente e única.

O espetáculo estreou em Abril no Sadler’s Wells Theatre em Londres. Cazalet pretende levar esse espetáculo para outros lugares do mundo como Estados Unidos, Canadá e Oriente Médio. Além disso, todo o dinheiro arrecadado será entregue para as pessoas da Síria e ser a voz contra a maior crise humanitária do nosso tempo.