Sinapse por Fernanda Belk, 20/08/09

banda newronio

O rock não é mais como antigamente. Ou talvez nunca foi de jeito nenhum. É comum ouvir por aí “Não se faz mais rock igual antigamente”, e isso tem a ver com o que? Sociedade consumista? Mais bandas do que ouvintes? Morte do Kurt Cobain?

A questão é que a música, hoje em dia, está em um patamar de relacionamento intenso com muitas partes da sociedade. Sei, sei, falei bonito mas não falei nada substancial. A música se relaciona com tudo hoje em dia: com dinheiro, pessoas, causas sociais, com tudo que possa se imaginar. Ela está presente na indústria do cinema, no mundo das propagandas, marketing, televisão, ambiente tecnológico, e influencia pessoas de todas as idades, provoca novas tendências.

Hoje já não é mais possível discutir sobre novas bandas e estilos sem levar em consideração o mundo virtual. A maioria das bandas independentes passam por um processo de interação e divulgação na internet. Simplesmente é muito difícil um grupo estourar na mídia sem ter divulgado seu trabalho na internet antes.

Este é o caso da banda Id3  que começou a divulgação de seu trabalho em redes sociais e no site oficial a primeira coisa que se pode notar é que existem muitos links de divulgação na internet, tais como Twitter, Fotolog, Myspace, Purevolume, Orkut, Tramavirtual, Facebook, entre outras, que os ajuda muito com a divulgação da banda.

myspace newronio

Inúmeras bandas como, The All American Rejects, Nxzero,  Humana, Sekscollin, Id3 cresceram com a divulgação na internet. Muito simples: entro no twitter, orkut, myspace, facebook e sou bombardeada por mensagens de bandas do tipo “Ouça nossa música no site www(…)”, este tipo de abordagem esta completamente incorporada nestas redes sociais, e as bandas realmente ganham mais visibilidade com elas.

Os sites como Tramavirtual, Purevolume, até mesmo o Myspace e Youtube são os ingredientes necessários para bandas decolarem, e estão repletos de grupos gritando por visibilidade.  Estes sites possuem um grande toque de marketing, pois ao mesmo tempo em que as pessoas podem ouvir músicas e pesquisar mais sobre a banda que gostam, é possível interagir com o grupo, mandar mensagens e se sentir intimo da sua banda favorita, o que gera aquela experiência única e emocionante no fã.

american rejects

(Acabei de entrar no Twitter para comprovar minhas teses e coloquei o nome da banda que mais amo na vida (tirando aquelas outras 45…) e tchan tchan? Eu “followed” eles no twitter. Fiz a mesma coisa agora no facebook e no Myspace. A emoção é enorme, ter a banda que você ama adicionada no seu perfil!)

Eu sou confiável? Não sei, mas se eu colocar no meu fotolog, orkut (situação hipotética de ser pop na internet) que eu amo a banda do Zézinho, as pessoas que visitam meu profile vão, se não conhecem ainda, clicar para dar uma ouvidinha nesta banda do Zézinho. O que acontece é que não há aquela sensação estranha de ser impactado por propagandas… Se alguém diz que gosta, é normal vir aquela curiosidade subconsciente de saber o por que, e aumentar a sua bagagem cultural musical. É por isso que muitas marcas estão “patrocinando” blogueiros e pessoas famosas na internet para comentarem de suas marcas nos blogs.

E isso entra na questão da viralidade: Sempre há um que inicia a transmissão e repassa para outros que tem um público fiel que confia em suas opiniões, e assim acontece a massificação, que é o que as bandas procuram: o sucesso.

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