O desespero de pensar em Frida Kahlo, com todo o poder do seu nome atualmente na mídia, sem ter nenhuma noção das outras grandes artistas latinas, que infelizmente continuam no anonimato para muitas pessoas. A sociedade continua valorizando a arte estrangeira em todos os âmbitos como: filmes, pinturas, música e dança. O sentimento de assistir a algo e se identificar é inacreditável. Já que claramente vivemos em uma realidade muito diferente de outros países, por que não entrar em contato com algo mais próximo de nossa realidade?

Fazer bom proveito da globalização, entrando em contato com milhares de coisas de todo o mundo com certeza não faria mal a ninguém, bem contrário disso. Foi esse mesmo pensamento que levou o Hammer Museum em Los Angeles a exibir Radical Women, uma exposição composta por 116 mulheres latinas nascidas entre 1960 e 1985, nos mostrando o que por muito tempo permaneceu invisível.

As artes que se fundem no princípio de contar o que por muito tempo foi reprimido, impactando pessoas em um país que esteve presente e consciente de todo o anonimato. A notícia é um tanto quanto polêmica, mas também libertária. A exposição dura até 31 de dezembro deste ano. Depois disso o projeto Radical Women fará uma tour, chegando na Pinacoteca de São Paulo, de agosto até novembro de 2018.

Cada obra é a interpretação de uma mulher, vindas de 15 países diferentes, perante a um mesmo sentimento constante: o não pertencimento. O resultado é forte e impactante, o quanto cada uma sofreu, ou assistiu o sofrimento de seu povo para chegar onde estão é lindo e triste ao mesmo tempo.

A mídia tem o poder cruel de selecionar os seus flashes, e isso é altamente tóxico pra humanidade, mas não faz nenhum sentido fazer o mesmo nesse texto. Ao mesmo tempo é excitante entrar em contato com artes tão representativas, por isso tomei o juízo de valor em escolher algumas para colocar aqui, mas no site da exposição você pode conferir algumas mais.

Isabel Castro “X Rated Bondage”, 1980.

Graciela Carnevale “Acción del encierro” arte experimental, 1968.

Liliana Maresca “Sin título”, 1983.

eu causei desgosto pro enem, mas to aqui.