Um programa de televisão quando bem executado tem de tudo para fazer sucesso e ser cativante. Nos anos 80, na Inglaterra, o programa que fez a tarde das crianças britânicas era Knightmare, uma forma de unir efeitos especiais, game show e narrativa medieval.
Em mundo de dragões, cavaleiros e calabouços, o programa flertava também com um fundo verde e a oportunidade de uma realidade aumentada, e isso em 1987.
O personagem principal do programa era o mestre do calabouço, Treguard, que passava todos os desafios aos 4 participantes. O escolhido para entrar no universo medieval era guiado pelos demais membros da equipe, pois estava “vendado com um elmo viking”. Entre os calabouços e as quests, muitas figuras mágicas como dragões e globins apareciam para atrapalhar a jornada da equipe.
O criador do programa Tim Child escolheu o formato de imagem criada no computador, pois eles não tinham o orçamento para construir todos os locais e mesmo assim, essa interação com o digital foi responsável pelo grande sucesso do show que durou 8 temporadas e teve mais de 1000 equipes se inscrevendo.
Child usou de inspiração para construir o universo de Knightmare as obras de Tolkien e também o livro O Único e Eterno Rei de T.H. White.
Com apenas um fundo azul, o programa recriava inúmeros lugares e labirintos para o grupo tentar desbravar ao longo dos episódios. A cada semana, uma equipe nova participava das quests criadas que iam desde achar espadas sagradas até coroas de reis perdidas.
O único problema nos primeiros anos era o tempo que demorava para editar todo o cenário e gravar com as crianças que muitas vezes, só de zoeira, colocavam seus amigos em uma emboscada. Ao final, foram apenas 8 equipes que chegaram a vencer todas as etapas.
Abaixo você pode conferir o episódio com a primeira equipe vencedora.
https://www.youtube.com/watch?v=ztV-tyAdWm0
A grande sacada de Knightmare foi criar algo divertido e interativo com apenas um fundo azul e mesmo depois de seu fim ainda podemos curtir as aventuras das crianças.
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