A Apple lançou um comercial de um minuto e meio para o seu novo MacBook Pro intitulado Bulbs (ou “Lâmpadas”). O novo modelo do notebook agora conta com a Touch bar, uma touchscreen que substitui a barra de funções no teclado.
O vídeo mostra uma enorme linha de lâmpadas incandescentes explodindo sequencialmente, acompanhada de um séries de imagens de invenções e descobertas que revolucionaram o mundo. Vê-se o fogo, a roda, a escrita e a agricultura, pulando então para a gravidade, a energia, a bicicleta e o trem. Também vemos o papel higiênico, o telefone, a fotografia, o freezer e até mesmo o clipe de papel. O fim do comercial mostra o iPhone, a robótica (em todas as suas diversificações) e a assinatura “Ideias empurram o mundo para a frente. Introduzindo a ferramenta para todas as ideias futuras. O novo MacBook Pro.” Tudo isso acompanhado pelo clássico William Tell Overture.
https://www.youtube.com/watch?v=ROEIKn8OsGU
O problema com a propaganda não é o vídeo, que, como todas as produções da Apple, é extremamente bem dirigido e fotografado. Ele possui ritmo, intensidade, força. A prepotência da marca em afirmar que uma pequena tela sensível ao toque é a ferramenta que empurrará o mundo pra frente é. O produto não é inovador, ele é o próximo passo óbvio na evolução tecnológica. Se a Apple pensa que todas as suas criações mudam o mindset como o primeiro iPhone ou Mac, ela tem que se esforçar um pouco mais.
Por outro lado, inovações só foram consideradas como tais depois de certo tempo, quando o seu impacto real já era mensurável. E não pode-se mensurar o impacto de algo que começou a ser vendido há menos de um mês. Assim, só nos resta aguardar e ver se o novo MacBook Pro será tão revolucionário quanto a sua fabricante diz, ou se de fato o orgulho subiu a cabeça da Apple.
Texto de Gabriel Armelin
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