Mesmo que seja um filme de 94 e o segundo de sua carreira, Pulp Fiction ainda é um dos filmes mais lembrados e aclamados de Quentin Tarantino. Apenas escutando ou vendo cenas icônicas como a discussão do nome Big Mac na França, uma dança na hamburgueria e um I double dare you motherfucker, já sabemos qual filme está em questão.
Talvez uma das mais célebres habilidades do diretor seja criar diálogos diferentes e corriqueiros que não veríamos em qualquer outro filme do gênero. Porém, retirar a linguagem de um filme do Tarantino o muda por completo?
O canal Cinemabreak decidiu retirar o diálogo de cenas clássicas do filme e apenas manter os sons e de fato a interpretação dos atores.
Confira abaixo.
O filme fica mais interessante ainda, óbvio que as frases clássicas criam a áurea do filme, mas podemos ver como os atores tem um força marcante nas expressões e olhares que passam a mensagem mesmo assim. Podemos perceber que a comunicação e a linguagem do cinema não precisam ser feitos somente por aquilo que ouvimos, mas tudo aquilo que compõe uma cena é tão fundamental quanto.
A indústria do cinema sempre tentou mostrar a linguagem como algo essencial, tanto que no passado o cinema mudo trazia, em sua maioria, uma legenda logo em seguida. Foi com Chaplin que a fala pode ficar em 2º plano e ele nos contou suas narrativas de outra maneira.
Enquanto não há mais filmes editados pelo Cinemabreak, podemos ficar apenas com o questionamento sobre o silêncio no cinema e o que torna uma narrativa tão memorável: o diálogo, todo o resto ou a perfeita sincronia de tudo isso?