Um blog comentando um pouco sobre o novo filme da franquia Predador e tentando entender o porquê de ele ter dado tão certo em relação aos outros.

Contexto

O Predador é uma das criaturas mais memoráveis do cinema e da ficção científica; mesmo assim seus filmes ou participações nunca conseguiram superar o sucesso do original O Predador (1987), que trazia uma alegoria muito boa de “Davi e Golias” ao mesmo tempo em que falava sobre os EUA e a Guerra do Vietnã, mostrando que a inteligência supera sim a força.

Depois de sua primeira e mais clássica aparição, o predador retornou em Predador 2 – A Caçada Continua (1990), mas, dessa vez, nas ruas de uma Los Angeles meio futurista. O filme não foi bem aceito, mas eu gosto muito; ainda assim, ele introduziu o Easter Egg do crânio do Alien na nave dos Yautjas e a pistola colonial de 1715.

Depois chegou o tão infame duelo de titãs: Alien VS Predador (2004), que também não é muito amado, mas é muito divertido, pois expande a mitologia de ambas as sagas e acaba deixando um gancho para Alien VS Predador: Requiem (2007), que, me desculpe, mas esse não dá pra defender.

Ainda tivemos mais uma tentativa com Predadores (2010), que é uma espécie de Battle Royale (combate entre 3 ou mais lutadores, onde somente um pode restar) com pessoas e alguns predadores. A ideia é interessante, mas a execução foi fraca.

O mais recente foi O Predador (2018), que pode ser considerado uma tentativa safada de reviver a franquia, atraindo com o nome e esquecendo da essência. 

Enfim, finalmente, tivemos Prey (2022) ou O Predador: A Caçada (2022), que não só reviveu o amor dos fãs como também mostrou o quão bom é ver um projeto com alma, sendo de fã para fã. Uma pena o filme ter sido lançado somente no streaming Star+ ,pois seria muito legal ver na telona do cinema.

História

Na história desse prequel (prelúdio) de Predador, acompanhamos uma habilidosa guerreira Comanche nos EUA dos anos 1700 tentando proteger seu povo de um predador alienígena altamente perigoso que caça humanos e animais por esporte.

Vale a Pena?

Em poucas palavras? Sim! Vale muito a pena, tanto para quem já viu os outros filmes quanto para quem não conhece nada, pois, apesar de fazer muita referência ao clássico, ele se renova e mostra um primeiro contato muito bem feito e divertido.

Personagens

A protagonista Naru (Amber Midthunder) provou ser muito mais ousada e inteligente do que o personagem de Arnold Schwarzenegger que sofreu muito dos estereótipos dos anos 80, com músculos, balas e uma pitada de sorte.

Apesar de toda sua tribo não acreditar no potencial dela, ela literalmente tira a lama do rosto e enfrenta o Predador usando sua inteligência, mostrando ser ainda mais destemida.

Já o Predador (Dane Di Liegro) é um alienígena tribal; ele é mais avançado que nós, mas ao mesmo tempo é mais fraco que os predadores modernos, ainda assim, é uma máquina de matar. Seu visual ficou muito legal e sua atuação foi mais física do que emocional. 

O irmão de Naru, Taabe (Dakota Beavers) demora para reconhecer a força dela, mas ao final, família é família e irmãos sempre se ajudam. 

Curiosidade

O filme foi feito em inglês, mas a produção fez uma dublagem no idioma Comanche e está disponível nas configurações de áudio. Ainda não vi assim, mas admito que deve ser mais legal, pois o inglês te tira do filme em alguns momentos. 

Por que deu tão certo?

O filme trouxe de volta o sentimento do primeiro filme: esse conceito de “Davi e Golias”, no qual você torce para o mais fraco vencer; tudo isso com uma história legal e uma excelente produção, atenta em todos os mínimos detalhes, desde a fotografia exuberante até a trilha sonora precisa. Elementos esses que faltaram em todos os outros filmes, pois este desejo de sempre ser mais grandioso a cada filme ou de querer se afastar do original é o que justamente leva ao afastamento do público. 

O que esperar do Futuro?

Talvez o futuro seja olhar para trás: o filme deixou a Naru com a pistola colonial, a mesma que aparece no filme de 90, mas o que poderia acontecer? Outro Predador iria atrás da Naru e venceria? Não acho que seria legal, mas seja o que for estarei no aguardo para ver. 

Isso é tudo por enquanto, obrigado por ler e até a próxima!

Nerd, geek, otaku e quem sabe futuro publicitário?