Talvez você não a conheça, mas com certeza ouviu sua música. A artista Suzanne Ciani é a primeira heroína dos sintetizadores: foi a primeira mulher à experimentar ao máximo a capacidade da música eletrônica, reforçada pelo seu talento artístico e ampla visão de negócios. Após ser despedida por um erro que não cometeu pelo criador do “sintetizador modular” apenas um dia depois de sua contratação, Ciani continuou voltando ao lugar que trabalhava. Ela disse em uma entrevista que “se um cara consegue fazer coisas ótimas, uma mulher deverá fazer melhor para provar seu valor”.

Motivada pela busca por igualdade e por reconhecimento pelo seu trabalho, Suzanne vai à Nova Yorke exibir seu trabalho experimental. Como visionária, começou a aplicar seus sons sintetizados em anúncios comerciais, trilhas sonoras de filmes e até mesmo em games antigos (como as velhas máquinas de pinball e o saudoso Atari). Sua importância para a música eletrônica é imensurável e seu trabalho já recebeu cinco indicações ao Grammy, além de ter encontrado espaço e ganhado relevância em duas áreas, até então, majoritariamente “masculinas”: a música e a publicidade.

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Após descobrir ser portadora de câncer de mama, Suzanne decide sair de Nova Yorke em busca de tranquilidade. Continuou fazendo seu trabalho, migrando de músicas “New Wave” para acústicas. Sua obra continua sendo redescoberto a cada dia e a história poderá ser conferida no documentário “A Life in Waves”, disponível em algumas plataformas de streaming (iTunes, Google Play, Amazon, Microsoft, Play Station Network e Vudu).

Crítico mirim, desenhista amador, escritor júnior e futuro diretor (se tudo der certo).